... e um pouco do seu percurso de vida.
Abelairo Casanova. 61 anos feitos.
Nascido e criado na raia transmontana. Andou de calções, brincou, namorou, chutou em trapos e todo o tipo de sortes e mal-estudou.
Ei-lo em Paris, anos 70, fugindo à tropa. Alguns anos depois, no Rio de Janeiro, estadiando em casa de uns tios afastados.
Pelo meio, uma herança que foi desbaratando.
Finalmente, o pulo do lince: Rio, Lisboa, Porto, de patas afundadas na toca do número 276, último reduto das suas economias. 23 chumbos no lombo? (As autoridades espanholas encontraram este domingo um lince-ibérico morto em Aznalcázar, Sevilha. O animal, da espécie de felino mais ameaçada do planeta, tinha no corpo 32 chumbos. - «Lince ibérico é morto a tiros, na Espanha», «in» animaisos.org de 2011/08/04)
Ora é precisamente do tempo do Rio que ficaram célebres as suas eloquentes reportagens.
Rezavam assim (tentem pôr o ouvido):
«Ooo_Glôôbo_no_árre!
«Ná_rrégião_do_Álásca_práticass’à_cássa,_à_pésca_e-ôtros_éssepórtes.
«Áqui_dêênssa_flóresta_d’Ámazónia!,_onde_jámais_à_mão_do_ómem_consséguiú_pôr_o_pé.»
Lenga-lenga que o Senhorio da Casa 276, melhor dito, Abelairo Casanova, ainda hoje repete por tudo e por nada…
(Continua (onde se ficará a saber que era um inveterado jogador de cartas e de bilhar); Anterior)
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