Monday, March 30, 2020

Saia-se uma trampa para o senhor crocodilo, faz favor!

Um tipo começa a ouvir documentários em espanhol e quando tal a coisa torna-se tão familiar que a gente até se esquece que aquilo é em espanhol. Desta vez tudo se passa no Norte da Austrália.

Só damos o salto na cadeira quando ouvimos algo de estranho. E assim foi. Ouçam esta: "Um crocodilo caiu na trampa."

Um crocodilo caiu na trampa?! Na merda? Como assim? Os crocodilos transformaram-se agora em hipopótamos? Estes, sim, são uns grandes porcalhões. Quando não estão em terra a pastar, e por isso lhes chamam as vacas do rio, passam o tempo todo na água barrenta, maravilhados, a roncar, boca aberta, repimpados nos seus próprios dejectos. Agora crocodilos?! Onde já se viu?

Pois é, meus amigos, logo mais foi desfeito o erro de interpretação: trampa, em espanhol, significa armadilha. Ou seja, o crocodilo caiu na armadilha.





















Agora, sim, compreende-se. O croc andava em água salgada a atazanar as pessoas na praia e os veraneantes não tiveram meias medidas, moveram-lhe caça e armaram-lhe a trampa! E foi muita sorte o bicho não ter tomado o gosto da carne humana que, dizem os entendidos, é excelente! Mas isto foi o que disse aqui há tempos um ex-canibal num outro documentário em espanhol. 


(1. A propósito: «Crocodilo-de-água-salgada» - Wikipedia; 2. E, já agora, porque se fala de crocodilos e hipopótamos: «Hipopótamos Salvam Gnu das Mandíbulas de um Crocodilo» - National Geographic; 3. Nota: Imagem retirada de um documentário do NAT GEO WILD (versão espanhola))

Coronavírus - Teletrabalho e Padres-Nossos

Se não foi dito assim foi dito quase assim:

Isto É GOZAR com quem TRABALHA, programa de Ricardo Araújo Pereira de 2020/03/29, na SIC.






















(«Coronavírus» neste «blog»)

Coronavírus - A missa

Imagem do jornal da noite de 2020/03/29, na SIC.






















(«Coronavírus» neste «blog»)

Coronavírus - A Biblioteca de Marques Mendes - II

Ainda que escurecida pelas luzes da câmara para prevenir a coscuvilhice, a biblioteca de Marques Mendes continua, uma semana depois, aparentemente na mesma.

Análise de Marques Mendes no jornal da noite de 2020/03/29, na SIC.




















Porém, um elemento novo, decorativo, salta à vista: um passepartout e, dentro, uma fotografia que aparenta ser do início do século passado. Uma senhora a subir uma escada? E quem será? 

Seja como for, continuamos sem saber quais as letras do abecedário que são mais consultadas naquela biblioteca. Mas com tempo lá chegaremos. 


«Post» seguinte: «Coronavírus - A Biblioteca de Marques Mendes - III»; «Post» anterior: «Coronavírus - A Biblioteca de Marques Mendes» 


(«Coronavírus» neste «blog»)

Friday, March 27, 2020

Coronavírus - Foi assim no início mas já poucos se lembram

Foi assim no início, antes de ser decretado o estado de emergência, mas já poucos se lembram.

O trapichense motoqueiro Aníbal entrou no café aos esses, pediu e foi servido e nem dois minutos passados espirrou em cima do balcão com força de elefante. Fugiu toda a gente. A desinfecção foi imediata e o motoqueiro corrido do estabelecimento com impropérios de porcalhão para cima.

E enquanto ia e não ia lá foi dizendo que a doença se combatia com máscaras, látex e galochas, que álcool era grupe, menos de 70 ou 80 graus não eram suficientes e que as máscaras da Rússia que antes eram a 40 cêntimos estavam agora a 3 euros e tal, uma exploração. Estava bêbedo que nem um cacho.

Representação possível de um coronavírus














Na rua continuou com a lengalenga. Vocês acham que as máscaras ganham à doença?, e respondia, ganham se não tivermos croquetes na mão (e de facto tinha um), é o que vos digo. O Pitéu e o Gaibéu que até nem eram de provocar riam à descarada.

Foi uma sorte, ninguém adoeceu, de modo que é quase certo dizer que de vizinho ruim nem o vírus quis saber!


(1. «Coronavírus» neste «blog»; 2. Nota: "De vizinho ruim nem o diabo quis saber": provérbio português.)

Coronavírus - Um lenço do Far West

Zig fala do lenço que o desenhador fez para o Zag a propósito do Coronavírus (cartoon):






















(«Coronavírus» neste «blog»)

Wednesday, March 25, 2020

Coronavírus - Passagem "a salto" da fronteira

Nos finais dos anos 40 do século passado, André, um preso político, fugido da prisão, conhece o contrabandista Lambaça que o passa, "a salto", na fronteira. São "cinco dias e cinco noites" em que dois homens com princípios e motivações completamente diferentes acabam por conquistar o respeito um do outro.

Ano 2020. Fecharam as fronteiras. Desta vez o espírito salta-pocinhas típico português, perante um desgraçado coronavírus, fá-lo voltar às velhas estratégias do passar "a salto" a fronteira. E aí não faltam rios e riachos com água pelos pés, caminhos e estradas velhas de meter dó, cancelas e tabiques de morrer a rir e calhaus e sombras onde dá vontade de merendar, de modo que passar a fronteira é uma brincadeira de criança.

Imagem do Jornal da Tarde de 2020/03/25, na SIC, a que se acrescentou "14 Dias, 14 Noites".





















Antes havia uma guarda-fiscal do lado de cá que não hesitava em disparar no couro do André e do Lambaça e uns "carabineros" do lado de lá, que eram complacentes. Mas hoje guardas de um lado e do outro perderam o traquejo, já não têm memória, e nem sabem disparar. De modo que o único conselho possível que podemos dar aos senhores salta-pocinhas que passem a fronteira à sorrelfa é o de lavarem bem as mãos à entrada, esfregarem-nas bem na relva ou num tronco de árvore que esteja à mão e manterem o distanciamento social. Até porque passar ao magote dá muito nas vistas!


(1. «De quarentena ou isolamento: e agora?» - SIC Notícias de 2020/03/16; 2. O filme e o livro: «"Cinco Dias, Cinco Noites" (excerto)» e na Infopédia; 3. «Coronavírus» neste «blog».)

Coronavírus - Distanciamento Social






















(1. A propósito: «O novo coronavírus: factos, respostas e previsões II» - Público de 2020/03/22; 2. Nota: imagem a partir do filme (aos 9:37 minutos): «Charlie Chaplin: Easy Street (1917)» - YouTube.)

Monday, March 23, 2020

Coronavírus - A Biblioteca de Marques Mendes

Fruto do confinamento às nossas casas enquanto a pandemia não é ultrapassada desta feita os comentários de Marques Mendes no jornal da noite deste Domingo, na SIC, foram feitos de sua casa, tendo por pano de fundo parte da sua biblioteca.

Análise de Marques Mendes no jornal da noite de 2020/03/22, na SIC.
Como nós agora não temos nada que fazer fomos à procura de alguns títulos sugestivos. E descobrimos estes:

"2017 AS FRASES DO ANO",
"Política de A a Z",
"Europa de A a Z".

O que significa que de A a Z nada escapa a Marques Mendes!


«Post» seguinte: «Coronavírus - A Biblioteca de Marques Mendes - II»


(A propósito: 1. «Coronavirus disease (COVID-19) advice for the public» - World Health Organization; 2. «COVID-19» - Direção-Geral da Saúde; 3. «Pandemia de COVID-19» e «Pandemia de COVID-19 por país» - Wikipedia)

Tuesday, March 10, 2020

Técnica de rolamento ventral

Homarus, que se diz fidalgo dos sete costados, o último dos últimos do Velho do Restelo, saltaria da mortalha se a sua etiqueta se confundisse com a de um caranguejo, bicho plebeu, mas isto já foi dito noutra página.

E porque não há a imperfeição absoluta desta vez vamos realçar a nobre qualidade de Homarus, o Senhor Lavagante de Patas Azuis, que é a de ser um verdadeiro artista na técnica de rolamento ventral, palavras que não são parábola para nada e muito menos piada.

Ora vejam: