Foi assim no início, antes de ser decretado o estado de emergência, mas já poucos se lembram.
O trapichense motoqueiro Aníbal entrou no café aos esses, pediu e foi servido e nem dois minutos passados espirrou em cima do balcão com força de elefante. Fugiu toda a gente. A desinfecção foi imediata e o motoqueiro corrido do estabelecimento com impropérios de porcalhão para cima.
E enquanto ia e não ia lá foi dizendo que a doença se combatia com máscaras, látex e galochas, que álcool era grupe, menos de 70 ou 80 graus não eram suficientes e que as máscaras da Rússia que antes eram a 40 cêntimos estavam agora a 3 euros e tal, uma exploração. Estava bêbedo que nem um cacho.
Na rua continuou com a lengalenga. Vocês acham que as máscaras ganham à doença?, e respondia, ganham se não tivermos croquetes na mão (e de facto tinha um), é o que vos digo. O Pitéu e o Gaibéu que até nem eram de provocar riam à descarada.
Foi uma sorte, ninguém adoeceu, de modo que é quase certo dizer que de vizinho ruim nem o vírus quis saber!
(1. «Coronavírus» neste «blog»; 2. Nota: "De vizinho ruim nem o diabo quis saber": provérbio português.)
O trapichense motoqueiro Aníbal entrou no café aos esses, pediu e foi servido e nem dois minutos passados espirrou em cima do balcão com força de elefante. Fugiu toda a gente. A desinfecção foi imediata e o motoqueiro corrido do estabelecimento com impropérios de porcalhão para cima.
E enquanto ia e não ia lá foi dizendo que a doença se combatia com máscaras, látex e galochas, que álcool era grupe, menos de 70 ou 80 graus não eram suficientes e que as máscaras da Rússia que antes eram a 40 cêntimos estavam agora a 3 euros e tal, uma exploração. Estava bêbedo que nem um cacho.
Representação possível de um coronavírus |
Na rua continuou com a lengalenga. Vocês acham que as máscaras ganham à doença?, e respondia, ganham se não tivermos croquetes na mão (e de facto tinha um), é o que vos digo. O Pitéu e o Gaibéu que até nem eram de provocar riam à descarada.
Foi uma sorte, ninguém adoeceu, de modo que é quase certo dizer que de vizinho ruim nem o vírus quis saber!
(1. «Coronavírus» neste «blog»; 2. Nota: "De vizinho ruim nem o diabo quis saber": provérbio português.)
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