Monday, January 23, 2023

Picardias de douradas para um barbo numa banca de peixe



(1. E por falar em: a) «Dourada» – Wikipedia; e b) «Pagrus pagrus» (Pargo) – Idem; 2. Dicionário: “Picardia”: pirraça; atitude cuja intenção é contrariar ou aborrecer (aqui, com intenção de gozo); 3. Quanto à imagem (fotografia do autor): também há o «Dario I» - Idem.)

Friday, January 20, 2023

Wednesday, January 18, 2023

Vocalizações de três crias de Rex

Reza a bíblia dos animais (que nalguns pontos se parece com a bíblia humana) que “naquele tempo havia gigantes na Terra”(1). De macacada, hominídeos e gente nem rasto pois tudo isso veio muito mais tarde. Era um tempo feroz, difícil de imaginar. Ora acontece que há 65 milhões de anos, mais milhão menos milhão, caiu sobre a Terra um grande pedregulho. A Terra esmoreceu sob a poeira, devastada por incêndios e depois enrijeceu num longo Inverno e a maioria dos “falsos lagartos” (Raptor(2), Foices(3), Bronco(4) e Tyrano(5) são alguns) foram desta para melhor! Os que sobreviveram, pequenotes e ágeis e emplumados, evoluíram para as actuais aves. Safaram-se!

Não se sabe, ao certo, desde quando a humanidade tomou conhecimento desses “gigantes” (embora nem todos o fossem) mas é de supor que um Cro-Magnon, um Neanderthal, tenha algum dia tropeçado no osso de um Rex sem saber o que era, tomando-o como uma clava a jeito. Hoje estudamos os seus fósseis e “habitats”, a sua biomecânica e a sua vocalização… Escrevem-se livros. Fazem-se filmes.

Ora é precisamente na tentativa de perceber como “alguns” desses animais vocalizavam que deixamos aqui um registo que talvez se aproxime. Demos-lhe o nome de “Vocalizações de três crias de Rex”. Ouçam (e vejam) quão terríveis são! E, já agora, imaginem-se perseguidos, “Ó pernas! Para que te quero?”, dando às de vila-diogo!...


(Calma! Na verdade, são três crias de calopsitas – ou caturras –, a mais nova com 15 dias de vida e a mais velha com 20 dias.)


(1. a) «Dinossauros» (“As aves são agora reconhecidas como a única linhagem sobrevivente de dinossauros terópodes”) – Wikipedia; e b) «Theropoda» (Subordem de dinossauros bípedes) – Idem; 

2. «Dinossauros» neste «blog»;

3. A propósito de Calopsitas (ou Caturras): «Nymphicus hollandicus» – Wikipedia;

4. Notas ao texto: (1) Génesis 6, 4; (2) «Velociraptor»; (3) «Therizinosaurus»; (4) «Brontosaurus»; (5) «Tyrannosaurus rex» – Wikipedia.)

Friday, January 13, 2023

O malandro está a rir? e a sequência de Fibonacci

FIB são os poemas com base na sequência de Fibonacci. No poema que se segue cada verso subsequente corresponde à soma das palavras dos dois versos anteriores. Inverteu-se depois a ordem.

Né! (1)
Quê? (1)
O rapaz (2)
Perdeu a vergonha (3)
Acabou de levar e ri. (5)
O malandro está a rir? (5)
Tem cara disso. (3)
Pois tem: (2)
Vê-se (1)
Nota-se. (1)


(1. FIB são os poemas com base na sequência de Fibonacci (“sequência de números inteiros, começando normalmente por 0 e 1, no qual cada termo subsequente corresponde à soma dos dois anteriores.” – Wikipedia). Formam-se contando em cada verso as sílabas métricas ou, então, as palavras, pela seguinte sequência: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, etc.. Exemplo da sequência de Fibonacci: 

0
1
1 (0+1)
2 (1+1)
3 (1+2)
5 (2+3)
8 (3+5)
13 (5+8)
... ... ...;

2. a) «Um pouco sobre FIB» - «in» Recanto das Letras; e b) «Poemas Fibonacci» - «in» Cuaderno de Cultura Científica; 

3. a) «Inger Christensen» (“Na coleção de poesia de 1981 ‘Alfabet’, Christensen usou o alfabeto juntamente com a sequência matemática de Fibonacci”); e b) «Alfabeto (coleção de poesia)» - Wikipedia.)

Carcaça com mel e a sequência de Fibonacci

FIB são os poemas com base na sequência de Fibonacci. No poema que se segue cada verso subsequente corresponde à soma das palavras dos dois versos anteriores. Inverteu-se depois a ordem.

Pão (1)
Bijou (1)
Ou carcaça (2)
Carcaça com mel. (3)
Se não houver mel, salpicão (5)
Se não houver salpicão, que venha o chouriço (8)
Se não houver salpicão nem chouriço que venham os preparos para a gemada (13)
Se não houver salpicão nem chouriço nem gemada que fique pão sem nada (13)
Está em fase de crescimento diz o médico (8)
Nestas idades nada faz mal. (5)
Não há colesterol (3)
Só adrenalina (2)
Força (1)
Cagança. (1)


(1. FIB são os poemas com base na sequência de Fibonacci (“sequência de números inteiros, começando normalmente por 0 e 1, no qual cada termo subsequente corresponde à soma dos dois anteriores.” – Wikipedia). Formam-se contando em cada verso as sílabas métricas ou, então, as palavras, pela seguinte sequência: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, etc.. Exemplo da sequência de Fibonacci: 

0
1
1 (0+1)
2 (1+1)
3 (1+2)
5 (2+3)
8 (3+5)
13 (5+8)
... ... ...;

2. a) «Um pouco sobre FIB» - «in» Recanto das Letras; e b) «Poemas Fibonacci» - «in» Cuaderno de Cultura Científica; 

3. a) «Inger Christensen» (“Na coleção de poesia de 1981 ‘Alfabet’, Christensen usou o alfabeto juntamente com a sequência matemática de Fibonacci”); e b) «Alfabeto (coleção de poesia)» - Wikipedia.)

Monday, January 02, 2023

Calendário da chuva MUITO ÚTIL para o ano inteiro – A CORRECÇÃO

Escreveu-me o São Pedro uma carta a propósito do “post” “Calendário da chuva MUITO ÚTIL para o ano inteiro”, chamando-me “trambiqueiro”, “flibusteiro” e outros impropérios próprios do capitão Haddock (sim, sim, esse mesmo, o marujo de água-doce que perdeu o seu navio em “O Caranguejo das Tenazes de Ouro”, o das histórias do Tintim).

Pelos vistos – diz-me o São Pedro – há as “arremedas”, ou seja, os primeiros 12 dias de Janeiro (dias a que não se liga pois só servem para confirmação em caso de dúvida), e as “desarremedas”, que vão do dia 13 ao dia 24 de Janeiro e onde cabem todos os meses do ano. E as regras são estas:

1. Se chover dia 13 (a que corresponde o mês de Janeiro), Janeiro será chuvoso.

2. Se dia 14 (a que corresponde o mês de Fevereiro) chover de manhã e à tarde não, assim será o mês de Fevereiro.

3. Se para o dia 15 houver dúvidas (a que corresponde o mês de Março) recorre-se então às “arremedas”, ou seja, ao tempo que fez no dia 3, para assim se confirmar o tempo que fará em Março.




(1. A propósito: «Em Janeiro vês o Tempo do Ano Inteiro», «in» Filho do Couço; 2. E porque se fala d’«O Caranguejo das Tenazes de Ouro» – Wikipedia; 3. Dicionário: a) “trambiqueiro”: diz-se do indivíduo que pretende enganar; trapaceiro; b) “flibusteiro”: Pirata dos mares americanos, nos séculos XVII e XVIII; no texto, no sentido de trapaceiro; c) “arremedas”: de arremedar: reproduzir, imitando; semelhar; parecer.)

Calendário da chuva MUITO ÚTIL para o ano inteiro

Agora que começamos um novo ano e para quem não tem o Borda D’Água, nem ouviu as previsões astrológicas, aqui vai um calendário muito útil:

Do dia 1 de Janeiro ao dia 12 vão a votos os meses do ano (12, como toda a gente sabe). De 13 a 24 vão a despacho os votos dos meses do ano. Por exemplo: se chover no dia 1, em princípio Janeiro será chuvoso, mas o voto só se confirmará no despacho do dia 13; se chover no dia 2, em princípio Fevereiro será chuvoso, mas o voto só se confirmará no despacho do dia 14; e assim, por diante, até ao voto do dia 12 que será confirmado no despacho do dia 24 (Dezembro).

Simplifiquemos:

Janeiro será um mês chuvoso se chover dia 1 (dia do voto) e também no dia 13 (dia do despacho ou da confirmação do voto).

Dezembro será um mês chuvoso se chover dia 12 (dia do voto) e também no dia 24 (dia do despacho ou da confirmação do voto).

Conclusões:

1. No mês de Janeiro decide-se de uma só vez o tempo para o ano inteiro.

2. Do dia 25 de Janeiro em diante os dias não contam nem para votos nem para despachos.

3. Bastam dois dias de chuva coincidentes (a 1 e 13 (tempo de Janeiro); a 2 e 14 (tempo de Fevereiro); a 3 e 15 (tempo de Março); etc.) para que o mês seja chuvoso.

E perguntam vocês? Quem despacha? Quem é o Senhor desta maravilhosa mecânica? Muito bem! É aquele que abre e fecha as portas e janelas do Céu. Esse mesmo, o São Pedro, o das Barbas Brancas!


«Post» seguinte: «Calendário da chuva MUITO ÚTIL para o ano inteiro – A CORRECÇÃO»


(1. A propósito: a) «Borda d'Água» - Wikipedia; b) «Almanaque Borda d’Água – Calendário Agrícola» (com provérbios) «in» Hortas Biológicas; e c) «Chaves do Céu» (quando chove é porque São Pedro…) - Wikipedia; 2. Ainda a propósito: «Meteorologia» - Idem.)