Saturday, June 30, 2012

Já uma vez aqui se disse que...

era Cro-Magnon pelo lado do pai e Neanderthal pelo lado da mãe, coisa que agora se confirma pelo hábito que a sua mãe tem de roer as unhas. Está visto que é tique que lhe ficou na massa do sangue provindo de uma avoenga Neanderthal que roía cascas de árvores. Imitações. Hábitos que se transmitem e que mais uma vez provam a sua ascendência muito antiga!


(1. A notícia: «Dentes de um australopiteco revelam que roía cascas de árvores» - Público de ontem; 2. Já uma vez aqui se disse que «Era Cro-Magnon pelo lado do pai...»)

Saturday, June 23, 2012

Hoje é noite de S. João

Divirtam-se!

Aqui fica a receita:

3 sardinhas - 1,00 €
caldo verde - 0,50 €

Eu encontrei o sítio. Procurem. Deambulem pela cidade!


(O S. João neste «blog»)

Em vésperas de férias, o que eles dizem!

«Passos Coelho diz que é cedo para falar em medidas de austeridade» - Público de hoje. Tem razão. O melhor, mesmo, é deixar passar o Verão!


(A notícia)

Friday, June 22, 2012

Alemanha vs Grécia: o embate dos filósofos!

Palavras para quê?


Legenda - Europeu de Futebol 2012: antevisão do jogo, logo à noite.


(A propósito: «sites» do Europeu de Futebol (2012) e da Uefa)

Tuesday, June 19, 2012

A marmita

Zig fala da marmita, uma das resultantes da crise. Zag sorri, maliciosamente... (cartoon):

















(Uma de muitas más notícias: «Construção cai em Portugal quase três vezes mais do que na zona euro» - Público de hoje)

De prática tinha pouco...

era mais teorético.


(o mesmo que teórico)

Via-se logo pelas fuças!

Andava tençoeiro. Via-se logo pelas fuças. Com quem? Não se sabia. Por isso, nessas alturas, pelo sim, pelo não - não fosse o diabo tecê-las! -, toda a gente se afastava dele.


(1. Tençoeiro (desusado): que anda desavindo com alguém; que traz tenção ou mau propósito; 2. Fuças (linguagem popular e de chulo): focinho; ventas; queixos; cara.)

A bola era dele!

"Fim do jogo!", ordenava. Bastava uma disputa mal resolvida, um desaforo. Recolhia a bola, metia-a debaixo do braço e tratava-a com tendreza, apesar dos muitos pontapés dados antes.

(Bola é pr'a isso mesmo!)

Não valia a pena os outros reclamarem, o esférico era dele. E como mais ninguém tinha uma como aquela, verdadeira, não de trapos, com câmara de ar e tudo, e disso dependiam, dava-se ao luxo de se despedir todo impante com um "até amanhã!", deixando-os de cara à banda.


(1. Tendreza (antigo): ternura; 2. Impante: que impa (mostrando-se cheio de vaidade, desprezo, rancor, etc.). Vaidoso.)

Tem-te-não caias

Estava na fase tem-tem. Não passou muito tempo, já corria sobre muros, subia às ameixoeiras, rasgava os joelhos... Nesse tempo ainda não se falava de hiperactividade. Era, sim, a doença da rebeldia. O futuro homem que se preparava. Talvez um político! 


(1.Tem-te-não caias: equilíbrio instável; falta de fixidez ou segurança; 2. Tem-tem (familiar): equilíbrio em relação às crianças que começam a dar os primeiros passos.)

Saturday, June 16, 2012

Estudantes de Belas-Artes

Espalhados pela cidade, sentados nos bancos dos jardins, ou, quando não os há, no chão ou em assentos improvisados, vários estudantes de Belas-Artes, de pastel e carvão na mão, desenham a obra que há-de finalizar o ano lectivo. A pergunta sobre "um homem de cócoras, virado para a parede, muito concentrado no que está a fazer" "com uma mão apoiada na rocha, imerso numa ténue nuvem de pó vermelho" a "pintar a sua mão em negativo, soprando suavemente para cima dela um pigmento", é a mesma para os de hoje: «São Homo sapiens ou Neandertais?» - Público de anteontem (adaptado).


(1. A notícia: «Os Neandertais poderão ter sido os primeiros artistas das cavernas»; 2. A propósito: «Era Cro-Magnon pela lado do pai...» (onde se fala deste e do Homem de Neanderthal) - neste «blog»)

As três viuvinhas

Irerê (Viuvinha-do-leste)
Lavadeira-de-cabeça-branca (Viuvinha)
Maria-viuvinha



















Percebia-se que Irerê andava aliviada com a morte de seu marido pelo modo como procurava divertir-se e portando-se como se fosse livre e sem quaisquer responsabilidades. De tal forma, que frequentava tudo quanto era sítio: cafés, o cemitério - pouso principal -, qualquer local onde houvesse vida, enfim, onde pudesse encontrar viúvo ou bicho livre. Daí que as outras viuvinhas lhe tivessem posto a alcunha de Viúva-alegre!


(1. Viúva-alegre: definição de Irerê; 2. Da esquerda para a direita: «Irerê» (Dendrocygna viduata) - Wikipedia; «Lavadeira-de-cabeça-branca» (Arundinicola leucocephala) - idem; «Maria-viuvinha» (Colonia colonus) - idem; 3. Nota: composição, em cima, a partir de imagens existentes na Web.)

Thursday, June 14, 2012

Peixe-vidro



















O peixe que até dá para a gente pintar!


(1. A propósito: «Indian glassy fish» (Peixe-vidro Indiano, Parambassis ranga) - Wikipedia; 2. Nota: composição a partir de imagens existentes na Web)

O cagarolas

De dia não valia um pintelho; era uma cagarolas. Só à noite, quando todos os gatos são pardos, é que medrava em vulto... Era então que crescia, se engrandecia e agigantava!


(1. Pintelho (linguagem de chulo): corruptela popular de pentelho (pêlo púbico); 2. Medrar em vulto (já está explicado no texto))

O vomitório!

Já não se confessava há muito. O vomitório foi tanto que até o padre confessor teve dificuldade em lhe fixar o número de padre-nossos e ave-marias que havia de rezar!


(Vomitório (aqui): confissão de culpa ou de delito)

Estado civil

No formulário, no sítio do estado civil, riscou o "casado" e por cima escreveu assim:
«Vivendo de casa e pucarinho"


(Viver de casa e pucarinho: coabitar, viver maritalmente.)

Jogo de paciência

Tentar endireitar a sombra de uma vara torta


(Fazer o impossível)

Vá-se lá saber porquê...

Vai-se o dinheiro dos tírios, cresce o cotão!


(Tírios (gíria): bolsos, algibeiras.)

A confusão...

Não se sabe se fazia de propósito mas quando a mãe o mandava ir buscar o sucareiro vinha sempre com o açucareiro.


(1. Sucareiro (termo de Condeixa, Portugal): pote alto de barro vidrado em que se recolhe leite de ovelha; 2. Açucareiro: recipiente em que se guarda e serve o açúcar)

Wednesday, June 13, 2012

Espreitando pela fechadura...




















Antigo edifício da Cadeia da Relação do Porto, pela Rua de São Bento da Vitória, onde hoje se encontra instalado o Centro Português de Fotografia.


(1. A propósito: «Cadeia da Relação» - Wikipedia e «A Cadeia da Relação» «in» Tribunal da Relação do Porto; 2. «Processos Históricos dos Tribunais do Distrito Judicial do Porto» (PROCESSO ZÉ DO TELHADO - MARCO DE CANAVESES e PROCESSO DO CAMILO) - idem; 3. E ainda: «Edifício» do Centro Português de Fotografia; 4. Nota: fotografia do autor)

Saturday, June 09, 2012

Joe Salter, o atleta incansável!

Joe Salter enfrentou uma prova de triatlo (que reúne natação, ciclismo e corrida) ao mesmo tempo que fazia malabarismos com bolas. Apesar da dureza da prova e da dificuldade acrescida, ficou em 147.º entre 246 participantes. É obra!




(A notícia: «Joe Salter, o triatleta malabarista» - Público de ontem)

Friday, June 08, 2012

Um cabelo refocinhado!

Um cabelo daqueles, refocinhado, não ia a tesoura. Tinha que ser poda geral. Pente um. O máximo dois. Além disso, cortava-se outro mal pela raiz, ou prevenia-se: o ataque sempre possível dos piolhos.

(vinha um tanto ou quanto macambúzio)

(o pai a analisar)

Que era uma autêntica obra de arte... Que estava redondo como um arbusto...

(o miúdo a agradecer)

"O menino cale-se! Os elogios não são para si, são para o barbeiro."

(a mãe a pôr a sopa na mesa)

"Parece outro homem! E cheira a alfazema."


(1. Refocinhado (antigo): Dizia-se do cabelo encrespado ou eriçado; 2. Cheirar a alfazema: estar perfumado com alfazema; Alfazema: planta ornamental e aromática; 3. A propósito: «Lavanda» (alfazema) - Wikipedia)

Wednesday, June 06, 2012

Em busca do ficheiro perdido... (A decisão)

Geralmente encontra-se o que menos se espera. Ora vejam:



















«Post» anterior: «Em busca do ficheiro perdido... (A ideia)»

Em busca do ficheiro perdido... (A ideia)

Geralmente encontra-se o que menos se espera. Ora vejam:



















«Post» anterior: «Em busca do ficheiro perdido... (O guarda-chuva)»; «Post» seguinte: «Em busca do ficheiro perdido... (A decisão)»

Em busca do ficheiro perdido... (O guarda-chuva)

Geralmente encontra-se o que menos se espera. Ora vejam:



















«Post» anterior: «Em busca do ficheiro perdido... (A picareta)»; «Post» seguinte: «Em busca do ficheiro perdido... (A ideia)»

Em busca do ficheiro perdido... (A picareta)

Geralmente encontra-se o que menos se espera. Ora vejam:



















«Post» anterior: «Em busca do ficheiro perdido... (Personagens)»; «Post» seguinte: «Em busca do ficheiro perdido... (O guarda-chuva)»

Em busca do ficheiro perdido... (Personagens)

Geralmente encontra-se o que menos se espera. Ora vejam:



















Os rostos de Alexandre Farto - Vhils

Arte urbana e efémera... Gravuras de rostos anónimos em edifícios que antes eram de má-cara...



(1. «"DIORAMA" de Vhils pode ser vista na Galeria Vera Cortês em Lisboa até 31 de julho.» «Foi inaugurada na passada sexta-feira na Galeria Vera Cortês, em Lisboa, uma exposição de Alexandre Farto. O artista português, conhecido como Vhils, ganhou fama internacional com os rostos escavados em paredes do mundo inteiro.» - SIC Notícias de 2012/06/04; 2. Sobre o autor: «Exposição Virtual, esculturas: Alexandre Farto» - Calesdoscopio, Portal Cultural; 3. Arte urbana e pormenores de graffitis, neste »blog» e ainda em «Desenhoscorvomanias»)

Tuesday, June 05, 2012

Uma ideia para o balde do lixo

Tanto recozeu a ideia... que ela perdeu o viço e a frescura!


(1. Recozer (figurado): cogitar, ruminar, cismar insistentemente em.; 2. Recozer: tornar a cozer; cozer bem ou muito. Perder o viço e a frescura por estar feito há muito tempo (falando-se de saladas ou comidas))

O arrependido

«Senhor padre! Depois de tantos padres-nossos e tantas avés-marias sinto-me recochilado.»

(Só não se sabe se dos pecados, se de ter rezado tanto!)


(Recochilado (antigo): homem arrependido, emendado.)

A racha

Era um tipo possessivo. Ficava de ventas quando a namorada lhe aparecia mais airosa e solta, com vestidos reduzidos. Especialmente no Verão. Que era uma Eva, lá isso era! Mas só para ele, em privado, não para os olhos dos outros.

Para disfarçar, nos locais públicos, e sabendo que a racha da saia se abria ou a saia subia quando se sentava, dizia-lhe:

«Olha o raxo!»


(1. Raxo (antigo): tecido, o mesmo que raxa, espécie de pano grosseiro; 2. Racha (aqui): abertura)

O rateiro

Era um sem nome. Um vadio. Um sem raça. Se eram qualidades? Vantagens? Não se sabe... Mas uma coisa era certa: rateiro como ele não havia!


(Rateiro: diz-se do cão ou do gato que apanha ratos.)

Pilhérias

Prendeu o irmão à gramalheira, só para o ver espernear. Quando chegou a mãe, deu às de vila-diogo. Foi caço pelas orelhas, levou puxavões e tabefes e foi de castigo para o quarto escuro até à hora do jantar (sem direito a lanche).

Contado assim, hoje, são pilhérias. Mas na altura não teve graça nenhuma!

Quem disse que as crianças são boas?


(1. Gramalheira: corrente de ferro, em que se suspende a caldeira sobre o lume; 2. Dar às de vila-diogo: está-se mesmo a ver que é fugir, no caso, a sete pés; 3. Puxavão (Brasileirismo): grande puxão; 4. Pilhérias: ditos engraçados, chistes.)

Monday, June 04, 2012

Policial

«O Caso do Mordomo do Papa» - Agatha Christie


(1. Uma notícia quase idêntica: «A prisão do mordomo do Papa, o poder do secretário e os vendilhões» - Público de 2012/05/27; 2. Já agora: «Agatha Christie» - Wikipedia)

Dona Gertrudes e o seu gluglu...














(1. Gluglu: Voz do peru. Ruído persistente que faz um líquido, quando sai de gargalo estreito; 2. E aqui fica uma receita para abrir o apetite: «Cabrito à Moda de Fajões» - Roteiro Gastronómico de Portugal; 3. Nota: composição, em cima, a partir de imagens existentes na Web.)

Glossodontes

Zig fala de glossodontes. “Mais uma historieta”, pensa o Zag. - cartoon:

















(As línguas dos gatos costumam ser ásperas, lá isso costumam! Já agora, o «gato», esse independente! – Wikipedia)

Não dizia a cara com a careta

Era um ginetaço. Destoava o dono, que era um gira-pataca!


(1. Ginetaço (Brasileirismo): ginete de bom garbo e andadura; 2. Gira-pataca (gíria brasileira): tonto, idiota)

O funeral

Como funeral, estava completo. Até mesmo o gato-pingado marcava presença!


(Gato-pingado (popular): indivíduo que acompanhava os enterros a pé, ao lado dos carros funerários.)

Bula Manifestis Probatum

Zig e Zag falam da independência de Portugal (cartoon):

















(A propósito: Bula «Manifestis Probatum» - Wikipedia)

A gabaona

Tinha todos os predicados: fidalga dos sete costados; uma costela francesa “vercingetórix"; ter sido casada com homem que subiu a vida a pulso e chegou ao cume; e ter gerado prole extensa. Mas havia um de que se gabarolava: o de ser gabaona, por ser viúva de um “maçon” – Diga-se: proeminente e par do reino.

Era distinção que não andava à mão de semear!


(1. Gabaona (Maçonaria): nome com que se distingue a viúva de um mação; 2. Para os mais curiosos: «Vercingetórix» e, já agora, «História da França» - Wikipedia)

Saturday, June 02, 2012

O lago
















Isto é o que acontece quando um tipo não tem nada que fazer e se põe a borrar os dedos em tinta!

Frei-jorge...

"Havias de ver o frei-jorge! Como está viçoso!"
"O Frei Jorge do mosteiro de Cister!?"
"Ora! O freijó-verdadeiro. O que dá sombra à malta no regato...."


(1. Frei-jorge (Brasileirismo): árvore do Brasil. O mesmo que quiri, freijó, freijó-verdadeiro, entre outros nomes por que é conhecido; 2. «Freijó» - Wikipedia)

Friday, June 01, 2012

Alfabeto maçónico

Assim assina Jorge Silva Carvalho:










A chave:
















(1. «Alfabeto Maçônico» - Sobrenatural.Org; 2. Notícias de Jorge Silva Carvalho neste «blog»)

Relatório

«Bezerro de boa saúde, atendendo à desenvoltura dos cornichos.»


(Cornicho: chifre, corno pequeno; nome dos cornos dos bezerros de um ano.)

O Primo Brasílio

Em vez de dizer “O primo Basílio” dizia “O Primo Brasílio”. Não deixava de ter razão pois tinha um primo no Brasil!


(1. Brasílio: relativo ou pertencente ao Brasil; 2. A propósito: «O Primo Basílio», de Eça de Queiroz – Wikipedia)

Uma autêntica brasa!

De cauda era braquiuro. E de cabeça, braquistocéfalo. Era tido como uma autêntica brasa!


(1. Braquiuro: que tem a cauda curta; 2. Braquistocéfalo: diz-se daquele cuja cabeça é muito curta.)

Um excelente braquígrafo!

Nas aulas, era o melhor nos apontamentos. Para isso, contava com um segredo: o de ser um excelente braquígrafo. De tal maneira que até apanhava a respiração dos professores!


(Braquígrafo: indivíduo que escreve por meio de abreviaturas)

Hás-de cantá-las!

Andava o bracaiá atrás dum grilo - quer dizer, do som de um grilo -, pata ante pata, em passos de brisa, bigodes e orelhas a sondar, "que já te apanho", como um soldado no mato...

À aproximação - Vá-se lá saber porquê! - o grilo pôs-se mudo. E o gato no sítio, em cima da toca, corpo em riste... À cata!

E nada. Nem um som leve de asas do bicharoco. Só a passarada por cima.

O bracaiá tremeu uma pata, descontraiu o corpo, relaxou-se, e foi-se com uma certeza: "Hás-de cantá-las!"


(1. Bracaiá: gato do mato; 2. «Nome indígena para «jaguatirica» (Wikipedia) na região do Alto Sertão ou Serra do Mar na mata atlântica de São Paulo» (definição do Wikcionário); 3. Já agora: «Grilo» - Wikipedia)

Um pintainho borrefo

A Perdez teve uma ninhada de pintainhos cor de girassol, à excepção de um que era borrefo.


(1. Borrefo: pinto desplumado ou sem penas; 2. Isto até faz lembrar O Patinho Feio, de «Hans Christian Andersen» - Wikipedia)