"Fim do jogo!", ordenava. Bastava uma disputa mal resolvida, um desaforo. Recolhia a bola, metia-a debaixo do braço e tratava-a com tendreza, apesar dos muitos pontapés dados antes.
(Bola é pr'a isso mesmo!)
Não valia a pena os outros reclamarem, o esférico era dele. E como mais ninguém tinha uma como aquela, verdadeira, não de trapos, com câmara de ar e tudo, e disso dependiam, dava-se ao luxo de se despedir todo impante com um "até amanhã!", deixando-os de cara à banda.
(1. Tendreza (antigo): ternura; 2. Impante: que impa (mostrando-se cheio de vaidade, desprezo, rancor, etc.). Vaidoso.)
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