Sunday, August 08, 2021

Chorões da nossa Praça Pública

Há inúmeras maneiras de chorar e entre elas fazer chorar as pedrinhas da calçada. Há os que choram lágrimas de crocodilo, os que choram por um aumento, os que comem e choram por mais, os que choram na entrega da medalha dos 50 anos de trabalho (e noutras homenagens), os que choram na hora da partida (e da chegada), os que querem chorar e não conseguem e os que só deitam uma lágrima (e para estes há as carpideiras), os que choram de tanto rir (e morrem a rir), os de bom coração que choram baba e ranho (e não é de bom tom levar a ranheta às calças), os teatrais que choram encarnando um personagem e mais uns tantos que escapam e onde se inclui o diabo.

Uma coisa é certa: chorar requer arte. É o caso do choro de Luís Filipe Vieira com o seu lencinho branco. Quem, neste país de chorões, não fica sensibilizado ao ver este quadro e não verte uma lágrima!?


(E perguntam vocês (desprevenidos da bola e doutras coisas): quem é «Luís Filipe Vieira»? A resposta aqui na Wikipedia.

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