O tempo está bravo e pela chuva que passa na vidraça produzem-se imagens fantasmagóricas. Nestes dias bem se pode dizer que tem chovido a cântaros! Ou a potes! Não é chuva contínua mas quando cai é aos baldes e traz estragos valentes. A boa notícia é que, por aqui, ainda não está a chover gatos e cães porque isso é lá com os ingleses!
Alguns, que julgam que a estrada é deles, transformam-se em diabólicos condutores: à aproximação de uma poça (e há muitas), ou de uma sarjeta a abarrotar de folhas e lama, aceleram só pelo puro prazer de ver o peão envolto numa massa informe, pintado e encharcadinho até aos ossos. “Problema dele, que se afastasse, não fosse pela berma, que respeitasse o Nissan.” Não se livra de um “que grandessíssimo filho da puta!” mas já vai longe, quentinho e de vidros fechados.
Ora isto é só um exemplo do quanto mal a chuva faz.
(1. A expressão inglesa “It’s raining cats and dogs!” (literalmente: “está a chover gatos e cães”) é o equivalente para a nossa expressão “chove a potes!” ou “chove a cântaros!” (chove muito!); 2. Em cima, "Chove a cântaros!": desenho e colagem a partir de desenhos anteriores do autor: rato, caneta e filtros.)
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