Versão moderna de uma lavadeira. Das poucas que ainda vão resistindo à modernidade:
Lavava a roupa e cantarolava:
Esta vida de marinheiro está a dar cabo de mim
Raparaparaparaparaparaparim
Esta vida de marinheiro está a dar cabo de mim
Raparaparaparaparaparaparim, hey
Esta vida de marinheiro está a dar cabo de mim
Raparaparaparaparaparaparim
(3 lavagens por camisa)
Mais adiante:
Três corpetes, um avental,
Sete fronhas, um lençol,
Três camisas do enxoval,
Que a freguesa deu ao rol.
(bater a roupa bem batida)
Água fria, da ribeira,
Água fria que o sol aqueceu,
Velha aldeia, trago a ideia,
Roupa branca que a gente estendeu.
(Fala da vida alheia e volta ao início. Desta vez marcha.)
Esta vida de marinheiro está a dar cabo de mim
Raparaparaparaparaparaparim
Esta vida de marinheiro está a dar cabo de mim
Raparaparaparaparaparaparim, hey
Esta vida de marinheiro está a dar cabo de mim
Raparaparaparaparaparaparim
(Finalmente, pôr a roupa a corar.)
Ai os gatos que andam gulosos de água e sabão!
(1. A propósito de lavadeiras: «eram elas que lavavam, principalmente na primeira metade do século passado, as roupas das senhoras ricas e da classe média»; depois de lavadas, carregavam-nas à cabeça dentro de uma trouxa feita de um lençol grande; tal como o barbeiro, a lavadeira era uma instituição!; 2. O poema dos Sitiados, «Vida de Marinheiro» (1992), «in» A Vida em Sons e o poema da canção «Roupa Branca» «in» Os Anos de Ouro do Cinema Porruguês)
No comments:
Post a Comment