Existem bons motivos para crer, desde já, que o filme será um êxito.
Em primeiro lugar, porque finalmente vamos deixar de aguentar pelo Natal a já estafada estória da carochinha Música no Coração.
Em segundo lugar, sempre é desta que deixamos as criancinhas em casa pois o filme não é nada próprio para as suas mentes imberbes e aí se poupa algum dinheiro.
É também uma boa oportunidade para, a propósito, oferecermos no Natal aos nossos amigos talvez a 15.ª edição do livro «Eu, Carolina» que, como se sabe, é uma história extremamente educativa e de grande qualidade literária (vamos ver se o filme lhe acompanha o ritmo!). E, mais livros vendidos, mais ganhos, mais felicidade nos lares dos portugueses, mais dinheiro a correr – o que é bom para a economia.
A Justiça também agradece. Pode ser que o filme traga alguma luz ao célebre caso «apito dourado». Depois, um processo com um «CD» apenso a uma folha e a indicação «contém imagens eventualmente chocantes» será a pérola do direito penal português do séc. XXI (o que já estava a faltar) e fará a delícia dos nossos operadores judiciários que, sem se cansarem, poderão juntar o útil (o trabalho) ao agradável (a instrução).
Finalmente, pode ser que dê origem a mais processos nas barras dos nossos tribunais. Ora, mais processos quer dizer mais litígios, mais custas, mais advogados, mais massarocas a correr… E o país a pular!
(1. Correio da Manhã de 2007/06/02: «Corrupção: Um filme de João Botelho - Carolina e Pinto da Costa em filme»; 2. Sobre o «apito Dourado» - neste «blog»; 3. «Ranking» de livros em 2006 - neste «blog»)
Em primeiro lugar, porque finalmente vamos deixar de aguentar pelo Natal a já estafada estória da carochinha Música no Coração.
Em segundo lugar, sempre é desta que deixamos as criancinhas em casa pois o filme não é nada próprio para as suas mentes imberbes e aí se poupa algum dinheiro.
É também uma boa oportunidade para, a propósito, oferecermos no Natal aos nossos amigos talvez a 15.ª edição do livro «Eu, Carolina» que, como se sabe, é uma história extremamente educativa e de grande qualidade literária (vamos ver se o filme lhe acompanha o ritmo!). E, mais livros vendidos, mais ganhos, mais felicidade nos lares dos portugueses, mais dinheiro a correr – o que é bom para a economia.
A Justiça também agradece. Pode ser que o filme traga alguma luz ao célebre caso «apito dourado». Depois, um processo com um «CD» apenso a uma folha e a indicação «contém imagens eventualmente chocantes» será a pérola do direito penal português do séc. XXI (o que já estava a faltar) e fará a delícia dos nossos operadores judiciários que, sem se cansarem, poderão juntar o útil (o trabalho) ao agradável (a instrução).
Finalmente, pode ser que dê origem a mais processos nas barras dos nossos tribunais. Ora, mais processos quer dizer mais litígios, mais custas, mais advogados, mais massarocas a correr… E o país a pular!
(1. Correio da Manhã de 2007/06/02: «Corrupção: Um filme de João Botelho - Carolina e Pinto da Costa em filme»; 2. Sobre o «apito Dourado» - neste «blog»; 3. «Ranking» de livros em 2006 - neste «blog»)
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