(Por força de uma certa portaria, o Rei da Jaula agora só toca piano)
Vem isto a propósito da peça «O Palhaço» da autoria de Maria José Nogueira Pinto, em cena na Comissão Parlamentar de Saúde da Assembleia da República.
«Arrufos e mimos fazem parte da essência humana» – é o mote da peça.
Transcreve-se aqui parte do original (corre uma versão modificada, mais par(a)lamentar):
«(…)
Maria José Nogueira Pinto (PSD): – De onde é que saiu este palhaço?
Ricardo Gonçalves (PS, e visado): – Pelas suas piadas logo se vê que a senhora doutora é da linha de Cascais. (forma sub-reptícia de lhe chamar Cinha Jardim ou Lili Caneças, senhoras bem conhecidas das andanças sociais e das revistas cor-de-rosa)
Couto dos Santos (Presidente da Comissão. Dirigindo-se ao insultado e parodiando um certo rei castelhano que um dia mandou calar um presidente sul-americano): – Por que non te callas? Ó!... Ó!... Ó senhor deputado!... (o deputado estava imparável)
Maria José Nogueira Pinto: – Palhaço...
Ana Jorge (Ministra da Saúde. Baixando a cabeça e para com o seus botões): – «Que vergonha! Que vergonha! Onde está o buraco?»
Ricardo Gonçalves – A senhora doutora não domina esta área, tanto salta na corda bamba como faz de saltimbanco ou toca berimbau. Com tanta prosápia circense bem que podia ir treinar o urso!
Maria José Nogueira Pinto: – Palhaço...
Couto dos Santos (ameaçando): – Ó!... Ó!... Ó senhor Ricardo Gonçalves, eu suspendo os trabalhos! Eu suspendo os trabalhos, vai tudo já para férias!
Coro: – Como?, se o bilhete já está pago!»
A versão par(a)lamentar (no You Tube):