Na dança do livro azul um ali à beira sempre saltou à vista e tinha lombada vermelha com o nome de José Saramago. Mas esse livro desapareceu. Provavelmente porque Marques Mendes o tem à sua mesinha de cabeceira, e, quem sabe?, se lá não estarão as notas ao Ensaio sobre a Cegueira? Se bem se lembram uma epidemia de cegueira branca espalha-se numa cidade e o governo decide colocar as pessoas infectadas em quarentena. Apenas uma mulher mantém uma visão lúcida perante os acontecimentos: “O medo cega, disse a rapariga dos óculos escuros, São palavras certas, já éramos cegos no momento em que cegámos, o medo nos cegou, o medo nos fará continuar cegos, Quem está a falar, perguntou o médico, Um cego, respondeu a voz, só um cego, é o que temos aqui.”
Análise de Marques Mendes no jornal da noite de 2020/05/03, na SIC. |
O medo torna-nos primitivos.
Paralelamente - e nada acontece por acaso, dizem. - um novo título que até aqui se escondia nas costas de Marques Mendes deu a lombada à luz, a Teoria Geral do Direito Civil do Mota Pinto? E perguntam vocês: mas afinal o que tem a ver a Teoria Geral do Direito Civil com o Ensaio sobre a Cegueira? Sinceramente, não sabemos. Mas se calhar há uma relação qualquer... Fica para exercício da vossa imaginação.
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(1. A propósito: «Ensaio sobre a Cegueira» - Wikipedia; 2. «Coronavírus» neste «blog» e «Coronavírus - Até os extraterrestres estão preocupados!» (idem))
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