A história que se segue é contada em três partes:
I
“O POTE DE FERRO E O POTE DE BARRO
(FABULA DE LA FONTAINE)
O pote de ferro disse ao seu companheiro:
«Vamos dar um passeio,
Fazer uma viagem de recreio.
– Iria com prazer, disse o de barro;
Mas sou tão delicado,
Que se acaso n’um seixo ou tronco esbarro,
Lá fico esmigalhado!
Acho mais acertado aqui ficar,
Ao cantinho do lar.
Tu sim, que vaes seguro:
Pois és muito mais duro
– Se é só por isso, podes ir comigo;
E´ medo exagerado o teu, – comtudo,
Se houver qualquer perigo,
Serei o teu escudo.»
A tal dedicação, a tal carinho
Não poude o companheiro replicar,
E os dois a caminho
Lá vão nos seus trez pés a manquejar.
Mas, ai! não tínham dado quatro passos,
N’um caminho estreito,
Eis que se tocam – e o de barro é feito,
Coitado, em mil pedaços!
Para socio não busques o mais forte,
Que te arriscas de certo á mesma sorte.(*)
Chocaram-se e ficou um PARTIDO”(*)
(*) “16 de Maio de 1901: É criado o Partido Regenerador Liberal (oficialmente chamado Centro Regenerador Liberal) por João Franco, dissidente do Partido Regenerador após rutura com Hintze Ribeiro, na altura líder deste último partido.”
II
O pote de ferro é o PSD. O pote de barro é o CHEGA. Por isso, antes “PARTIDO” que QUEBRADO.
III
A proposta de Orçamento de Estado para 2024 (OE2024) e os escolhos do poder:
O Patrão da chata – “Vamos remando sem novidades de maior.”
Remador – “O que vale é que o mar está calmo, por Ventura(**)… e os outros estão caquéticos.”
(**) André Ventura, líder do CHEGA.
«Post» anterior: «Ilusão e anestesia fiscal, pipis e Puvianis»
((*) «1901 – Efemérides / Acontecimentos Históricos em Portugal»; (**) «André Ventura» (líder e fundador do CHEGA, partido populista da direita radical, saído do PSD); 1. Imagens: «A Parodia”, n.º 71, de 22 de Maio de 1901», «in» Hemeroteca Digital de Lisboa; 2. E porque se fala do «Partido Regenerador» (e do Partido Regenerador Liberal) – Wikipedia)
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