Covilhã despede-se do bombeiro que morreu num incêndio. No funeral de Daniel Agrelo uma voz vibrante de mulher, áspera mas ampla e eloquente, fez-se ouvir.
Palavras duras: “O senhor primeiro-ministro não é bem visto nesta cidade! O senhor não merece estar aqui! O senhor merece estar no seu sítio! (...) nós somos da província, mas não somos 'maluquinhos'. O senhor não é bem vindo nesta cidade.”
No conto de Andersen “O Rei vai nu” a verdade fez-se da boca de uma criança, aqui da boca de uma mulher sem “tiques” de metrópole.
Se era evitável? Era. Bastava o mínimo dos mínimos. E não era pedir muito:
(1. As notícias: a) «Primeiro-ministro ouve desagrado em funeral de bombeiro da Covilhã» (A VOZ DA REVOLTA) – RTP Notícias de 2025/08/19; e b) «Autarca da Guarda defende "pacto de regime" para enfrentar incêndios» (COM O VÍDEO) – Idem, mesma data;
2. Para reflexão: a) «Incêndios Florestais – importa dizer a verdade aos portugueses» – artigo de opinião (Expresso de 2025/08/06) de Ascenso Simões, membro do XVII Governo Constitucional; e b) «Crime a Céu Aberto» – Raquel Varela, 2025/07/31;
3. A propósito: Fakenews: «As florestas portuguesas eram “patrulhadas por 4.000 guardas-florestais” no tempo da ditadura?» – Polígrafo de 2025/08/01;
4. Nota: Na Escolinha “Comunicação”: Luís Montenegro (primeiro-ministro) e Maria Lúcia Amaral (ministra da Administração Interna); desenho do autor com recorte de imagens disponíveis na Web.)
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