Andam tão preocupados com a falta de autocarros no Porto e arredores e esquecem-se que a senhora Maria ia todos os dias da antiga rua da Sovela até São Mamede de canastra de pão à cabeça e não era por meia hora nem por três quartos de hora. Isto, sim, isto é que era sacrifício!
Se assim é está visto que os habitantes dos subúrbios - se calhar poucos mas bons - já não virão à cidade ao fim de semana, o que, bem vistas as coisas, até poderá ser bom para o comércio cervejeiro local (não o do Porto, como é óbvio!). É uma boa notícia, comerciantes das redondezas!
Mais: o que custa afinal andar um pouco a pé numa cidade já de si pequena? Qualquer habitante do burgo sabe que, à excepção da avenida da Boavista, para qualquer lado é desandar uma rua, virar à esquerda, depois à direita, e já se está lá. O autocarro faria em menos tempo?
Claro, vêm com estas modernices de apanhar o comboio da Índia e depois as pessoas habituam-se ao conforto. Não pode ser!
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