Pois é! Ficam agora a saber que na arte da gastronomia não há limites, tudo é possível fazendo jus ao dito popular de que os olhos também comem. Mas para os que não apreciem a receita (e os “desgraçados” remadores são enfeites de brincar), aqui fica outra (que é de estalar os dedos e lamber as beiças por mais!): «Fritos de Melão» - Roteiro Gastronómico de Portugal.
(E para os mais curiosos aqui fica o que é uma «Galé» (galera) - Wikipedia)
Joaquim Letria: “É verdade que considerou a sua pintura uma merda?...”
Salvador Dalí: “Não é exacto. O que acontece é que os jornalistas querem sempre mais Dalí que Dalí. Então o que disse foi uma coisa muito simples: considerando-me ao lado dos grandes pintores do Renascimento, de Rafael, de Velázquez, ou de Vermeer, a minha pintura valia muito pouco mas nunca disse que era uma merda, além disso a palavra merda não entra no meu vocabulário, no meu vocabulário académico.” - «in» «Entrevista a Salvador Dalí» pelo jornalista Joaquim Letria, RTP ARQUIVOS (RTP 1), 1979-06-27.
(1. O Documentário/«Entrevista a Salvador Dalí» (fora do vídeo o Resumo Analítico); 2. «Salvador Dalí» - Wikipedia)
Há inúmeras maneiras de chorar e entre elas fazer chorar as pedrinhas da calçada. Há os que choram lágrimas de crocodilo, os que choram por um aumento, os que comem e choram por mais, os que choram na entrega da medalha dos 50 anos de trabalho (e noutras homenagens), os que choram na hora da partida (e da chegada), os que querem chorar e não conseguem e os que só deitam uma lágrima (e para estes há as carpideiras), os que choram de tanto rir (e morrem a rir), os de bom coração que choram baba e ranho (e não é de bom tom levar a ranheta às calças), os teatrais que choram encarnando um personagem e mais uns tantos que escapam e onde se inclui o diabo.
Uma coisa é certa: chorar requer arte. É o caso do choro de Luís Filipe Vieira com o seu lencinho branco. Quem, neste país de chorões, não fica sensibilizado ao ver este quadro e não verte uma lágrima!?
(E perguntam vocês (desprevenidos da bola e doutras coisas): quem é «Luís Filipe Vieira»? A resposta aqui na Wikipedia.)
Há quem diga que bebés treinados na barriga da mãe a ouvir o Nabucco de Verdi, ou o John Coltrane, ou o Quim Barreiros vêm a desenvolver o gosto por estes géneros musicais o que explica que uns nascem mais sisudos e introspectivos e outros mais bonacheirões e na galhofa. Já os que acordam de "ovo virado" é porque nunca ouviram música antes de serem paridos e por isso estão sempre de mau humor. Há crianças assim. Seja como for, a música faz bem à saúde e nunca se deve reprimir o gosto da criançada quando começa a "sair da casca" e a expressar a sua arte dramática feita de berros que ninguém entende porque pode estar ali a nascer uma nova forma de arte e um génio. Portanto, mães e pais que desesperam pelo palrar dos filhos, aguentem-se!
Ora com a passarada também se passa algo de semelhante, como fica aqui demonstrado.
(Dicionário: a) "acordar de ovo virado": aquele que está de mau humor e não deseja ser importunado. Segundo o Dicionário Informal "A expressão surgiu da ideia de que uma galinha que está com o ovo virado sofre muito para expulsá-lo"; b) "sair da casca": ficar menos tímido e ficar mais maroto.)
