Tuesday, February 06, 2024

Um prego com falta de trabalho


Este aqui é para pôr os talões que saem da caixa mas, pelo que se vê, está com falta de trabalho. 

"Firme como prego na areia" (inseguro), "pôr no prego" (empenhar), "prego a fundo" (acelerar), "jogar ao prego" (jogo), "nadar como um prego" (quando não se sabe nadar), "não meter prego nem estopa" (quase o mesmo que "não meter a foice em seara alheia"), "pregar o calote" (quando não se tem intenção de pagar), "pedir um prego" (iguaria), e mais umas tantas expressões que agora escapam, a verdade é que o prego dá pano para mangas.

Desde o dia em que alguém amassou a ponta de um prego e lhe pôs uma cabeça – e já lá vão 5.000 anos –, o prego (ou cravo) foi-se aprimorando: em forma de "ele" ou "u", como alfinete ou broche, parafuso, gancho (para o capitão Gancho ou o magarefe), grampo, tacha ou prego de estofador (que além de segurar faz figura) – são alguns exemplos.

Quem diria que um prego, de tão simples que é, desse para tanto!?


(1. Uma notícia ao calhas: ««Pôr no prego» para fintar a crise» – TVI Notícias, 2009/04/20; 2. Dois jogos com o prego: a) com um tronco, um martelo e um prego: «Jogo do prego no Varadouro na Ilha Faial» – YouTube; e b) na praia: «O Jogo do Prego» - Idem.)

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