Foi na taberna, aos gritos de vivas e à saúde de todos, que, no dia das eleições, os munícipes festejaram a vitória do novo presidente. Bateram-se copos no balcão e nas mesas e jogou-se ao dominó e às cartas, e já ninguém queria saber dos comentários que se iam sucedendo na televisão ou da actualização dos resultados.
Os calotes subiram, uns pagaram rodadas - até o patrão pagou! -, e, já pelas matinas, saíram a cantar assim:
Lagarto, lagarto
Que por hoje estou farto!
(1989)
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