Wednesday, October 17, 2007

O crime de Vale do Mouro, Coriscada, Mêda

A PJ de Mêda está prestes a deslindar o conhecido crime de Vale do Mouro. Está?

A história conta-se assim:

Um romano tinha guardado em sua casa 4.526 moedas de cobre e bronze.

Um ferreiro (um bárbaro) que se sabe agora que era amigo do alheio, aproveitando-se da sua ausência, roubou-lhe as ditas moedas, escondendo-as numa parede dentro de um saco de serapilheira.

Isto aconteceu no séc. IV d.C. e sabe-se que a actuação da PJ da época foi bastante criticada (só em família, depois de trancas à porta, não fosse o diabo tecê-las) por nunca ter deslindado o crime (o que hoje também acontece).

O facto é que só 17 séculos depois se conseguiu encontrar o local do crime e o objecto do mesmo.

Os trabalhos prosseguem com retro escavadoras, pás, ancinhos e formões pois há que encontrar o autor do crime, homem acima de todas as suspeitas, bem tido na sociedade e que anda a monte, quer dizer, está no monte, na terra, enterrado algures, para que se possa dar por concluído o processo, entretanto reaberto.


Legenda - Visão terrífica, segundo a imprensa sensacionalista da época. Pode-se ver a seta indicativa das suspeitas que recaíram sobre o ferreiro (o da direita). O jornalista foi de imediato afastado das suas funções (foi-se, desapareceu de circulação, não mais se soube dele) e todos os exemplares foram retirados do mercado, à excepção deste que escapou!


(1. Uma notícia quase idêntica: «Descoberto em Mêda tesouro romano do século IV» «in» Publico.pt de 2007/10/10; 2. A propósito: «Invasão romana da Península Ibérica» e «Povo bárbaro» - Wikipedia; 3. Ainda a propósito: «Mêda» - idem e «Tesouro monetário nas escavações da Coriscada» «in» Munícipio de Mêda)

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