Thursday, December 06, 2007

Coitadas da flexibilidade e da segurança!

«Ministros aprovam oito princípios da flexigurança», titula o Jornal de Notícias de hoje.

Olha que bom!

1. Horários com elásticos de cuecas para os homens e horários com ligas (também esticam...) para as senhoras.

2. Burrice e cabeça de martelo vão ser cruciais para aplicação da «flexigurança» e quem não conseguir dizer esta nova palavra (linda de morrer!) está tramado.

3. Passa a ser possível um empregado de escritório, um polícia, ou o homem do talho irem trabalhar para a lavoura para a apanha do morango – que é um anseio de há muito destes profissionais.

4. Os parceiros sociais têm de estar de acordo na mudança – é aconselhável concertarem opiniões num opíparo jantar, de preferência bem regado, para que nas 24 horas seguintes não haja qualquer manifestação de arrependimento.

(continua...)


Legenda: «flexigurança» contada às tiras…

Fica-se a saber que o modelo é o norueguês onde, como toda a gente sabe, são as renas que mandam.

E – é crucial – o texto tem de ser ratificado por Mouammar Kadhafi, autor do célebre Livro Verde (concorrente do outro, o Vermelho).

Ora como nem tudo na vida é cor-de-rosa as letras das sopas já marcaram uma concentração em Borda-do-Prato-da-Sopa-dos-Portugueses (a terra existe, sim senhor!) contra o fim da palavra «habilidade» na gramática asmática por causa da famigerada «flexi…gurança».

Em paralelo as empresas de segurança vão apresentar queixa ao Provedor da Palavra por causa de uma «…gurança» ratada!


(1. A notícia; 2. Para que Mouammar Kadhafi não se zangue - Wikipedia; 3. Para quem não saiba: «O Livro Vermelho é uma colectânea de citações do comandante Mao-Tsé-Tung» e o «Livro Verde» é o guia onde Kadhafi expõe o seu pensamento político - idem)

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