À quarta quinta-feira do mês de Novembro celebra-se todos os anos nos Estados Unidos da América o Dia de Acção de Graças, uma tradição sobretudo norte-americana. É nesta altura que o Presidente concede a vida a um dos 50 milhões de perus que vão parar ao tacho. Este ano havia dois eleitos ao lugar "morrer de velhice": o Peas e o Carrots. Um terceiro, uma espécie de bandido tipo Al Capone ou John Dillinger, anda a monte e é uma dor de cabeça para a população e as autoridades.
(É engraçado isto de haver sempre no conjunto um ovelha-ronhosa, um estraga-tudo!)
O facto é que os perus têm razão na questão do tacho. Chega de ser sempre a mesma ave a sacrificada. "Por favor, virem-se para outras aves! Ou então vão para Oriente. Lá comem larvas e parentes, muito animal da terra desprezado."
Doravante, pelo respeito que merecem, pela sua nobre luta, perus com "eme" maiúsculo!
Manifestação dos Perus Coletes Pretos
Dissequemos coletes e perus e já se vai compreender porquê.
Amanhã, dia 21, os Coletes Amarelos Portugueses pretendem parar Portugal. Gilets jaunes à portuguesa, à falta de melhor. Tipos em preparação para o fim-de-semana e depois beber uns shots e umas cervejas.
Pergunta-se: Faz sentido uma luta onde é tudo a esmo, misturando o direito aos ninhos, a saúde mental do pardal, os interesses da transformação vegetal, o valor das sementes, mais as subvenções vitalícias e as viagens dos deputados Melro e Corvo - que estão a mais -, com a corrupção que anda no governo do ar, os sistemas biométricos ou de leitura óptica para as correntes de ar, o salário mínimo do colibri e a reforma gorda do albatroz, os descontos para o celeiro da toutinegra, o desemprego e as penhoras da cotovia, mais o preço do combustível para os traques do milhafre - e com efeito de estufa -, faz sentido, perguntava-se, esta amálgama de ideias? Claro que não.
Mas se sentido há é na luta dos Perus. Combate objectivo e organizado pelo direito a ter uma vida longa, sem interrupções de faca e alguidar, a não ser descriminado, a deixar de ser a sempre-eterna ave sacrificada pelo Natal, aberta e recheada sem pudor, trinchada à mesa e devorada com requinte nada próprio à época, arrotada e sabe-se lá que mais.
De modo que, vistas assim as coisas,
Abaixo os Coletes Amarelos Portugueses! Viva o Peru autêntico!
O Peru ao poder! Já.
Perus Coletes Pretos, sim!
("Só nos USA somos 50 milhões!")
«Post» anterior: «Coletes Amarelos Portugueses»
(A notícia: «As oito reivindicações dos "coletes amarelos" portugueses» - Jornal de Negócios de 2018/12/19)
(É engraçado isto de haver sempre no conjunto um ovelha-ronhosa, um estraga-tudo!)
O facto é que os perus têm razão na questão do tacho. Chega de ser sempre a mesma ave a sacrificada. "Por favor, virem-se para outras aves! Ou então vão para Oriente. Lá comem larvas e parentes, muito animal da terra desprezado."
Doravante, pelo respeito que merecem, pela sua nobre luta, perus com "eme" maiúsculo!
Manifestação dos Perus Coletes Pretos
Dissequemos coletes e perus e já se vai compreender porquê.
Amanhã, dia 21, os Coletes Amarelos Portugueses pretendem parar Portugal. Gilets jaunes à portuguesa, à falta de melhor. Tipos em preparação para o fim-de-semana e depois beber uns shots e umas cervejas.
Pergunta-se: Faz sentido uma luta onde é tudo a esmo, misturando o direito aos ninhos, a saúde mental do pardal, os interesses da transformação vegetal, o valor das sementes, mais as subvenções vitalícias e as viagens dos deputados Melro e Corvo - que estão a mais -, com a corrupção que anda no governo do ar, os sistemas biométricos ou de leitura óptica para as correntes de ar, o salário mínimo do colibri e a reforma gorda do albatroz, os descontos para o celeiro da toutinegra, o desemprego e as penhoras da cotovia, mais o preço do combustível para os traques do milhafre - e com efeito de estufa -, faz sentido, perguntava-se, esta amálgama de ideias? Claro que não.
Mas se sentido há é na luta dos Perus. Combate objectivo e organizado pelo direito a ter uma vida longa, sem interrupções de faca e alguidar, a não ser descriminado, a deixar de ser a sempre-eterna ave sacrificada pelo Natal, aberta e recheada sem pudor, trinchada à mesa e devorada com requinte nada próprio à época, arrotada e sabe-se lá que mais.
De modo que, vistas assim as coisas,
Abaixo os Coletes Amarelos Portugueses! Viva o Peru autêntico!
O Peru ao poder! Já.
Perus Coletes Pretos, sim!
("Só nos USA somos 50 milhões!")
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(A notícia: «As oito reivindicações dos "coletes amarelos" portugueses» - Jornal de Negócios de 2018/12/19)
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