Recuemos no tempo...
2007 foi um ano de trapalhadas: um desaguisado com José Miguel Júdice (9 de Julho), um braço de ferro com Menezes (6 de Agosto) e a perda das eleições directas para a presidência do PSD (28 de Setembro); gorando-se o desejo de ser primeiro-ministro em 2009, iniciou uma longa travessia do deserto.
Em 2019 já é visto por todo o lado quando o Vasco Brazão foi escutado a dizer à irmã que há cá no Reino um papagaio-mor, o que não era nenhuma imagem literária, nem linguagem de contrabandista de Alfama; deitaram-se a adivinhar quem era: o Presidente da República?, o Marques Mendes?, o Miguel Sousa Tavares?, o José Miguel Júdice?, o próprio Vasco Brazão a fugir com o rabo à seringa? e imaginou-se uma de inúmeras versões de um papagaio-mor: que era maneirinho, cabia em todo o lado, até num bolso, tinha sempre trunfos na manga, um ar doutoral e era tipicamente português. Ficou a insinuação.
2020, em tempos de pandemia, é o ano decisivo dos comentários a partir de casa em que os portugueses ficaram a conhecer a sua biblioteca, os seus gostos literários e a perceber se os livros eram mexidos ou não.
Se for eleito há que ter sempre à mão um palanque e uma cadeirinha de criança. Evita-se a galhofa do mundo. Quem é que gosta de ver o presidente do seu país fora da fotografia ou sentado com os pés no ar, como um catraio de escola, motivo da javardice mundial? Tomados estes cuidados, por que não dizer: viva o Marques Mendes a Presidente!
«“Ganda” é corruptela de «grande», e “nóia” é o termo gírio para «paranóia, afectação», segundo nos diz o Dicionário da Porto Editora. A expressão já existia no linguajar popular, principalmente entre os jovens, mas celebrizou-se mediaticamente por constituir bordão de linguagem de uma personagem que parodia Marques Mendes (...) no programa “Contra-Informação”, do canal 1 da televisão estatal, RTP.» - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. "Contra-informação" é um «programa de sátira política e social, com bonecos que caricaturam figuras públicas da sociedade portuguesa e internacional», pode ler-se em RTP Arquivos; o primeiro episódio foi para o ar em 1996-04-29 e o último em 2007-12-31;
«O Homem nunca mais foi visto!»; «Pedido de desculpas. Com pau? Com pistolas? Ou com espadas?»; «Debates com marosca!»; «Primeiro cresce, depois aparece!»; «Afinal quem é o Papagaio-Mor do Reino?»; «Coronavírus - A Biblioteca de Marques Mendes» (8 episódios);
Quem é «Luís Marques Mendes» - Wikipedia)
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