Wednesday, September 17, 2025

Serei candidato às eleições presidenciais de 2026. O Chega tinha de ter voz




2. Nota 1: Em 3 de Dezembro de 2024, no “post” «Presidenciais 2026. Gouveia e Melo é o favorito.», falava-se d’“a influência dos pastores evangélicos nos votos” e de um “Cartaz de propaganda do bispo Zaqueu ao ADN” (pouco tempo depois retirado); isso justificou, na altura, a brincadeira de que o bispo Zaqueu era “a alternativa-surpresa de André Ventura para ganhar o eleitorado evangélico”. 

Antes, a 21 de Março, em «E quando o indigitado não for Luís Montenegro? Lá CHEGAremos.», dizia-se que não espantaria se um dia o CHEGA chegasse ao poder de mãos dadas com um partido evangélico (o ADN) e o Presidente já não fosse o rei Marcelo mas sim o bispo Zaqueu”. Nesse “post”, em que o bispo Zaqueu encarnava Moisés, segurando numa mão uma “tábua” com o André Ventura e na outra um bordão com o Bruno Fialho (ADN), representava-se o momento em que o Bispo-Presidente Zaqueu indigitava André Ventura para formar um governo Chega/ADN;

Nota 2: composição a partir de imagens dispníveis na Web.)

Jubileu das Autoridades Civis. Deus, Paulo Rangel, Política e Religião.

Legenda: Desenho a lápis (tratado digitalmente) e fotografia do autor.


(1. «Perfectibilidade» – Dicionário de Filosofia

("(...) Rousseau via nela o próprio da humanidade: além da liberdade, explica ele, “há outra qualidade muito específica que distingue o homem do animal, e acerca da qual não pode haver contestação: é a faculdade de se aperfeiçoar, faculdade que, com a ajuda das circunstâncias, desenvolveu sucessivamente todas as outras e reside entre nós, tanto na espécie como no indivíduo; ao passo que um animal, ao cabo de alguns meses, é o que será o resto da vida, e sua espécie, ao cabo de mil anos, o que era no primeiro ano desses mil anos” (Discurso sobre a Origem da Desigualdade, I: mesma ideia em Pascal, mas sem a palavra perfectibilidade, em seu Préface au Traité du Vide [Prefácio ao Tratado do Vazio].

"A ideia de perfectibilidade do homem surge no século XVIII, com a atenuação das barreiras teológicas que reservavam tal propriedade a Deus. Para autores Iluministas como Condorcet e Godwin, a perfectibilidade torna-se uma tendência suscetível de ser de fato realizada na história humana. Antes de Kant, tanto Rousseau como o pensador escocês Lord Monboddo (1714-99) anteviram a perfectibilidade como capacidade para o progresso moral e para a autolegislação humana. O século XIX representou o apogeu da crença na perfectibilidade, sob a influência de Saint-Simon e, depois de Kant, Hegel, Comte e Marx. Com a teoria da evolução foi possível ver a história econômica e cultural como um progresso, uma adaptação crescente desde os estados primitivos e não-desenvolvidos até o ideal potencial, associado à liberdade e à auto-realização da humanidade. Este otimismo, frequentemente aliado a uma confiança ilimitada na melhoria da condição humana mediante o avanço da ciência, não sobreviveu ao desgaste do século XX.");

2. «"Socialista, republicano e laico": identidade, programa político e societário» ("download" em SPinto_10_ Communio.pdf) – Sérgio Pinto, "Communio, XXVII (2010/1), pp. 43-51, Universidade Católica Portuguesa

("(...) No quadro da perspectiva contratualista, a desconfessionalização do Estado e da sociedade não negou o estatuto público à religião, pese embora as franjas para quem a laicidade isso exigisse. Todavia, a desconfessionalização e a separação pretendem estabelecer uma configuração social na qual o religioso deixa de ser a sua base de coesão, remetendo-o, pelo menos tendencialmente, para a esfera privada. A pertença religiosa é colocada prevalentemente sob o prisma da liberdade individual, do foro da consciência, daí o combate às instituições religiosas; em grande medida, o debate em torno da lei da separação de 1911 inscreve-se na disputa pela liberdade de associação e dos limites da mesma, a partir da consideração das entidades públicas como as instâncias a quem competia a construção da legitimidade e da coesão social, pela secundarização das instituições religiosas. //

"Está em jogo, por isso, a configuração da pertença religiosa na sociedade contemporânea, o seu papel na determinação do indivíduo quanto às suas diferentes esferas de acção e o modo como a afirmação da sua confessionalidade, ou ausência dela, é equacionada num quadro social que não faz da instância do religioso a base da pertença à sociedade. A questão da cidadania e a disputa pela sua configuração coloca, em certa medida, a questão da possibilidade e do alcance da separação dos diferentes âmbitos – político e religioso, mas também económico, social e cultural – e do seu grau. A determinação da separabilidade diz respeito tanto ao indivíduo e à sua actuação como às instituições, quer às confissões e denominações religiosas como ao Estado e aos respectivos agentes de ambas." - p. 50);

3. A propósito: «desigualdade social» – Infopedia
("Rousseau e Marx viram na propriedade a origem da desigualdade, enquanto que, para Durkheim, é a divisão do trabalho que a origina.");

4. A notícia de que se fala com as palavras de Paulo Rangel: «Lisboa: Cardeal Parolin defende necessidade de falar «da dignidade humana», «com coragem e verdade»» – Agencia Ecclesia em 2025/09/13;

5. a) Nota para os que andam distraídos: Paulo Rangel é Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros da República Portuguesa do XXV Governo Constitucional; e b) A ideia dos sapatos vem de "Os sapatos de Deus – Para um decálogo do Cristianismo", de José Miguel Cardoso, ed. Paulus, 2025.)

Sunday, September 14, 2025

Jubileu das Autoridades Civis. Freiras fogem do lar.

Zig e Zag falam de freiras, do presidente, do cardeal Parolin e do Pacheco de Amorim. Uma conjunção “astronómica” improvável (cartoon):


No Jubileu das Autoridades Civis o poder secular (pelos vistos não laico) e a Igreja deram as mãos e entenderam-se no "vamos brincar à caridadezinha".

Serve a religião a política, na esperança de não ficar moribunda, e serve-se da religião a política, tentando embrutecer-nos.

Mas será que esta malta ainda não compreendeu que não queremos “caridadezinha”, mas sim “paz, pão, habitação, saúde, educação”? Coisas concretas e não etéreas? Nada de restos. Nada de migalhas.

Vejam como esta gente pensa:

Parolin: “A força com que a Igreja incide na sociedade não reside num poder externo, mas na «fé e caridade efetivamente vividas»”, assinalou o colaborador do Papa.

O presidente da República Portuguesa (…) afirmou que “é tempo de reafirmar a esperança”, por palavras e, mais ainda, por atos, “por gestos comunitários de fé, pela prática da caridade, do amor partilhado, da doação aos outros”.

Paulo Rangel, “um político cristão” (isso existe?), destacou que “não há nenhuma razão” para ter “tibieza ou medo de dizer e de atuar como cristãos”, já sobre o setor dos negócios estrangeiros, das relações internacionais, evocou “o princípio que decorre da Torre de Babel”, que “era a aspiração a que, no fundo, se pudesse competir com Deus”, que, como “solução preventiva para que o seu poder não fosse desafiado”, fez com que cada um falasse uma língua diferente.” – Valha-nos Deus!

Diogo Pacheco de Amorim, vice-Presidente da A.R.: Sobre “o papel do político hoje em dia”, palavras para quê?

Outros subiram ao palanque.

O povo, como sempre (e agora mais que nunca), não esteve presente.


(1. Talvez a melhor notícia: «Três freiras fogem de lar de idosos para regressar ao convento» – RTP Notícias de 2025/09/13;

2. Onde se pode ver como o vassalo presidente garantiu meia estadia no céu com o beija-mão: a) «"Número dois" do Vaticano pede aos políticos que lutem pela dignidade humana e recusem a mediocridade» – RTP Notícias de 2025/09/13; e b) «“Número dois” do Vaticano pede aos políticos que lutem pela dignidade humana e recusem a mediocridade» – JM de 2025/09/13;

3. A “caridadezinha”: «Presidente da República diz que é preciso reafirmar a esperança» – RTP Notícias em 2025/09/13;

4. Onde se pode ver Pacheco de Amorim e ler o que disseram os notáveis: a) «Lisboa: Cardeal Parolin defende necessidade de falar «da dignidade humana», «com coragem e verdade»» – Agencia Ecclesia em 2025/09/13; e b) «Saudação do Patriarca de Lisboa na abertura do Jubileu das Autoridades» – Patriarcado de Lisboa em 2025/09/13;

5. Para os esquecidos de memória e para os mais novos que não sabem quem foi «Diogo Pacheco de Amorim» – Wikipedia.)

Elevadores presos por um fio. Manutenção do elevador da Glória. IMT.

Um semibárbaro (isto é, um tipo que vive no Império Romano, mas é lusitano, português) vai muito descansado na sua vidinha quando encontra no caminho dois romanos e os interpela:



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("Esta omissão poderá ser determinante na atribuição de responsabilidades civis e criminais: o município de Lisboa, através da Carris, optou por um modelo contratual minimalista para um sistema que transporta milhares de pessoas por dia num declive acentuado, expondo os passageiros a um risco inconcebível. //

"Perante isto, o contraste entre Carris e STCP é avassalador e demonstra que o problema é de gestão e de exigência. No Porto, os eléctricos históricos têm direito a centenas de operações programadas, medições rigorosas, registos de torque, ensaios não destrutivos e análises de tendências de desgaste; em Lisboa, os ascensores tinham direito apenas a um olhar de relance e a um visto de conformidade. A mesma empresa, dois contratos, dois mundos.")

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(1. As notícias: a) «Engenheiro que denunciou desinvestimento sofreu retaliação da Carris» – RTP Notícias de 2025/09/13;

("Um engenheiro mecânico que denunciou desinvestimento na manutenção da Carris foi expulso das instalações da empresa onde trabalhou 50 anos. Carlos Gaivoto disse que os trabalhadores estão a ser intimidados. Já a Carris acusou o engenheiro de interferir nas investigações ao acidente.")

b) «Elevadores. Presos por um fio» – SOL de 2025/09/12;

("As carruagens dos funiculares de Lisboa são uma ofensa ao conhecimento científico aplicado há décadas para proteção da vida humana em transportes públicos.")


("Isto significa que a substituição do cabo tractor, efectuada no ano passado no Elevador da Glória pela MNTC – e que a Carris ainda não quis disponibilizar ao PÁGINA UM –, não poderia ter sido tratada como uma mera operação de manutenção rotineira. Por lei, mesmo para elevadores históricos, a Carris deveria ter instruído um processo administrativo prévio junto do IMT, contendo “análise de segurança para a fase de entrada em serviço e relatório de segurança” e posteriormente uma declaração que a alteração fora terminada acompanhada de “documentos que demonstrem a conformidade da instalação com os requisitos essenciais do regulamento”. Nessa linha, teria de ser enviado um “dossier técnico contendo o relatório final dos ensaios e verificações realizadas”. //

"E mais: mesmo em elevadores históricos seria inadmissível que fossem colocados cabos que não estivessem homologados. A legislação refere que caso o IMT verificasse que “um componente de segurança provido de marcação CE de conformidade” pudesse colocar “em risco a segurança e a saúde de pessoas ou a segurança de bens” tinha a competência para determinar “a proibição da sua utilização ou a restrição ao seu campo de aplicação”. Ora, a Carris nem sequer quis informar ainda o PÁGINA UM quem foi o fornecedor do cabo e qual foi o custo. //

"A pergunta que agora se impõe, perante o desastre do Elevador da Glória, é simples: cumpriu a Carris todos estes passos? Foram submetidos ao IMT o projecto de substituição do cabo, a análise de segurança e o plano de ensaios? Existe relatório final de ensaios assinado por entidade independente? Foi emitida autorização de entrada em serviço antes de o elevador retomar a operação?";

2. Nota: desenho a lápis do autor, colorido digitalmente (o lusitano (português) e o centurião romano das histórias do Astérix), e composição com imagens disponíveis na Web, nomeadamente o legionário nas mesmas histórias.)

Thursday, September 11, 2025

Manutenção do Elevador da Glória. O que diz Minerva.



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("Esta omissão poderá ser determinante na atribuição de responsabilidades civis e criminais: o município de Lisboa, através da Carris, optou por um modelo contratual minimalista para um sistema que transporta milhares de pessoas por dia num declive acentuado, expondo os passageiros a um risco inconcebível. //

"Perante isto, o contraste entre Carris e STCP é avassalador e demonstra que o problema é de gestão e de exigência. No Porto, os eléctricos históricos têm direito a centenas de operações programadas, medições rigorosas, registos de torque, ensaios não destrutivos e análises de tendências de desgaste; em Lisboa, os ascensores tinham direito apenas a um olhar de relance e a um visto de conformidade. A mesma empresa, dois contratos, dois mundos.")

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("Em 2022, a MNTC venceu o concurso público com uma proposta de cerca de 995 mil euros – cerca de 42% abaixo do preço-base. Apesar de não ter qualquer experiência no sector e de não possuir sequer o alvará da Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) à data do concurso, venceu com base no único critério de adjudicação: o preço. Porquê? A Carris ainda não explicou.")

e b) «Elevador da Glória com problemas de concepção e manutenção»  (COM A ENTREVISTA) – RTP Notícias de 2025/09/07.

("Esta é a opinião do engenheiro Fernando Branco, antigo professor do Técnico, que depois de ler o primeiro documento sobre o acidente afirma que os passageiros estavam condenados. Os sistemas alternativos de travagem não conseguiriam impedir a tragédia.")

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("Desde 2019 – e não desde 2022, como erradamente se escreveu inicialmente –, a MNTC ficou também responsável pela manutenção dos ascensores lisboetas." (corrigido pela Página 1M em 2025/09/13));;


("A substituição do cabo do Elevador da Glória (...) foi executada no ano passado pela MNTC, empresa responsável pela manutenção dos ascensores de Lisboa desde Setembro de 2022, mas não existem garantias de que os seus técnicos possuíam as certificações exigidas por lei para inspeccionar e intervir em sistemas técnicos desta complexidade.")
("Desde 2019 – e não desde 2022, como erradamente se escreveu inicialmente –, a MNTC ficou também responsável pela manutenção dos ascensores lisboetas." (corrigido pela Página 1M em 2025/09/13));;

2. Quem supervisiona? O outsourcing (política de privatizações e externalização). A investigação. O futuro:

«O trambolho do Elevador da Glória» – por Fernando Santos e Silva, engenheiro eletrotécnico, "LPP / Lisboa Para Pessoas" em 2025/09/09

("Uma das questões ligadas ao desinvestimento prende-se com a opção nas empresas públicas de operação e gestão de infraestruturas para entrega por externalização (outsourcing) da manutenção especializada. Tal como oportunamente denunciado pelos órgãos dos trabalhadores e por técnicos da hierarquia das empresas, essa política traduz-se na perda de capacidade oficinal das empresas e na não substituição dos operários especializados que vão saindo por reforma, perdendo-se “know-how”. //

"Dado que esta questão está mais ou menos relacionada com os critérios da política de privatizações, ela fica assim inquinada por razões ideológicas e não técnicas, omitindo-se muitas vezes os exemplos negativos em outros países, desde o caso do ferry Herald of Free Enterprise até aos acidentes na ferrovia inglesa. //

"Muito dificilmente se poderá justificar financeiramente a opção pela externalização quando o que eventualmente se poupará (veja-se o caso dos concursos anulados por preços superiores ao estimado nos cadernos de encargos) é menos do que o que se perde em controle e monitorização. Não se põe em causa a competência de técnicos de empresas externas, que mediante investimento poderiam ser admitidos pelo operador ou gestor de infraestruturas públicos.");

3. Dicionário: a) "Minerva", deusa da sabedoria, da estratégia, da arquitectura, engenharia e artes; b) "Bárbaros", os povos fora do Império ou não-romanos (no caso em cima, no sentido da "externalização".); c) "Caldário", sala nas termas romanas que era aquecida e munida com banho de imersão; e d) "Quadriga", carro ou carroça conduzida por quatro cavalos lado a lado;

4. Nota: desenho a lápis do autor, colorido digitalmente (a paisagem e o centurião romano das histórias do Astérix), e composição com imagens disponíveis na Web, nomeadamente o legionário nas mesmas histórias.)

Wednesday, September 10, 2025

Parece uma planta, mas não é. São os novos candeeiros de iluminação pública

Parece uma planta, mas não é. São os novos candeeiros de iluminação pública, disfarçados na folhagem, que a autarquia mandou instalar pela cidade. Já a pensar nas autárquicas de 12 de Outubro.



(1. A propósito: a) «Iluminação pública» – Wikipedia; b) «Eleições Autárquicas 2025» – Comissão Nacional de Eleições; e c) «Eleições autárquicas portuguesas de 2025» – Wikipedia; 2. Nota: fotografia do autor.)

Tuesday, September 09, 2025

Moedas: Não sou um moderado fofinho. Fofinho vs sicários.

Frágil! Lidar com pinças!




2. a) As mentiras de Carlos Moedas. Sistemas de redundância. Reposição da confiança dos cidadãos. Entrevista a Fernando Medina e Miguel Poiares Maduro:

«Fernando Medina à Renascença: "Moedas mente para fugir do Moedas oportunista de 2021"» (A ENTREVISTA COMPLETA: "O antigo autarca da Câmara de Lisboa acusa Carlos Moedas de mentir sobre o caso "Russiagate" e nas afirmações que fez sobre o ministro Jorge Coelho e a tragédia de Entre-os-Rios. Fernando Medina considera que o atual autarca não tem "idoneidade" para ocupar o cargo e que "Carlos Moedas de 2025 já está demitido por Moedas de 2021.") – Rádio Renascença de 2025/09/08;

("Segundo o jornal Polígrafo, as afirmações de Carlos Moedas não correspondem, por isso, à verdade. Jorge Coelho não tinha conhecimento de qualquer problema estrutural. O que o ex-ministro sabia é que a ponte tinha danos no pavimento. A demissão de Jorge Coelho foi uma decisão política, ao contrário do que Carlos Moedas sugeriu, este domingo, na entrevista à SIC.") – SIC Notícias de 2025/09/08;

("No derradeiro telefonema que fez a António Guterres – narrado ao autor da biografia pelo atual secretário-geral da ONU – Jorge Coelho deixa clara a natureza da sua decisão: – Não há outra forma. Uma coisa desta dimensão exige uma tomada de posição radical. São muitos mortos, pá. Temos de dar o exemplo. Se não saio, isto vira-se contra ti.”" – Fernando Esteves, autor da biografia “O Todo-Poderoso”, publicada pela editora Matéria-Prima no ano de 2014.) – Polígrafo de 2025/09/08;

e c) «“Carlos Moedas de 2025 já está demitido por Carlos Moedas de 2021”, diz Fernando Medina» ("O ex-autarca adianta ainda que lhe causou “repugnância” Carlos Moedas ter afirmado no domingo, numa entrevista na SIC sobre o desastre no Elevador da Glória, que o antigo ministro Jorge Coelho tinha informações sobre a fragilidade da ponte de Entre-os-Rios antes da tragédia.") – O Jornal Económico de 2025/09/09;

3. Os documentos:

«Elevador da Glória. Divulgados novos documentos» (os contratos assinados com a Carris e a MNTC, os concursos, a deliberação do CA da Carris para ajuste directo, versões não assinadas e rubricadas (e versões completas), externalização da manutenção dos elevadores, o primeiro relatório da inspecção, esquema de funcionamento do ascensor, fotografias da situação dos trambolhos e do cabo que se libertou e, também, os relatórios das inspecções diárias.) – por Mário Rui André, jornalista e editor do "LPP / Lisboa Para Pessoas" em 2025/09/07;

4. Nota: desenho a lápis do autor, colorido digitalmente (a paisagem e o centurião romano das histórias do Astérix), e composição com imagens disponíveis na Web, nomeadamente o legionário nas mesmas histórias.)

Câmara de Lisboa aprova portal da transparência. Pois aqui ninguém foge.

Apesar de não ter feito declarações aos jornalistas após a reunião extraordinária (da Câmara de Lisboa, ontem, segunda-feira), já que saiu a meio, Carlos Moedas "continuará a dar a cara", garantiu o vice-presidente da Câmara, Filipe Anacoreta Correia.” – Notícia em baixo.

Mas as nossas câmaras estavam lá e captaram-no a sair disfarçado...



(1. A notícia: a) «Câmara de Lisboa aprova portal da transparência e apoios às vítimas do acidente no Elevador da Glória» – SIC Notícias de 2025/09/08; e b) «Moedas “abandonou a reunião” de Câmara e não ficou para audição do presidente da Carris, acusam PS e Livre» – ECO de 2025/09/08; 2. Nota: composição com imagens disponíveis na Web, nomeadamente o legionário romano das histórias do Astérix.)

Monday, September 08, 2025

Sunday, September 07, 2025

Elevador da Glória. Marcelo considera Moedas politicamente responsável.

Responsabilidade jurídica objectiva. Responsabilidade subjectiva. Responsabilidade política.



Em tempo: a) As mentiras de Carlos Moedas. Sistemas de redundância. Reposição da confiança dos cidadãos. Entrevista a Fernando Medina e Miguel Poiares Maduro:

«Fernando Medina à Renascença: "Moedas mente para fugir do Moedas oportunista de 2021"» (A ENTREVISTA COMPLETA: "O antigo autarca da Câmara de Lisboa acusa Carlos Moedas de mentir sobre o caso "Russiagate" e nas afirmações que fez sobre o ministro Jorge Coelho e a tragédia de Entre-os-Rios. Fernando Medina considera que o atual autarca não tem "idoneidade" para ocupar o cargo e que "Carlos Moedas de 2025 já está demitido por Moedas de 2021.") – Rádio Renascença de 2025/09/08;

b) «“Carlos Moedas de 2025 já está demitido por Carlos Moedas de 2021”, diz Fernando Medina» ("O ex-autarca adianta ainda que lhe causou “repugnância” Carlos Moedas ter afirmado no domingo, numa entrevista na SIC sobre o desastre no Elevador da Glória, que o antigo ministro Jorge Coelho tinha informações sobre a fragilidade da ponte de Entre-os-Rios antes da tragédia.") – O Jornal Económico de 2025/09/09;


d) «Carlos Moedas em entrevista na SIC sobre o acidente no Elevador da Glória» (A ENTREVISTA COMPLETA) – SIC Notícias de 2025/09/07;



(1. As notícias: a) «Elevador da Glória. Marcelo considera Moedas "politicamente responsável"» (COM O VÍDEO) – RTP Notícias de 2025/09/07; e b) «Acidente do Elevador da Glória» – Wikipedia; 2. Nota: fotografia da imagem televisiva da SIC Notícias.)

Saturday, September 06, 2025

Encontro de Bull Terrier com Capivara

Como têm narizes aduncos, pensam que são primos afastados...



(1. A propósito: a) «Bull terrier» – Wikipedia; e b) «Capivara» – Idem; 2. Nota: desenho a lápis do autor, colorido depois digitalmente.)

Saturday, August 30, 2025

Marcelo diz que Donald Trump é um ativo russo. A selfie.

Marcelo Rebelo de Sousa está nos píncaros do mundo. Quando o mundo era mais pequeno que o que é hoje, só mesmo o Vasco da Gama conseguiria igualá-lo. E não era rei.

Aconteceu Quarta-feira na universidade de Verão do PSD quando o pai babado Marcelo não se inibiu de avaliar o carácter de um dos filhos, o Trump. Momento captado em inúmeras “selfies”.

Os saloios de cá falam em incidente diplomático. E o Rangel, como quem não quer a coisa, simulou puxar dos galões.

Sabe-se que os filhos não contactaram até agora a protecção de menores e que o resto do mundo (que é muito mundo) anda entretido a falar de outras coisas, como o apuramento para o mundial de futebol.

Aqui fica o momento:



(1. As notícias: a) «Marcelo classifica Trump como 'ativo russo' e Governo lembra os limites da Presidência» (“Ao mesmo tempo que o Presidente avaliava a utilidade de Trump para o regime russo, Luís Montenegro respondia no Parlamento sobre a gestão dos incêndios. Talvez por causa da sobreposição de eventos, só agora estas palavras começaram a ter eco. // O ministro dos Negócios Estrangeiros não critica diretamente o Presidente, mas recorda-lhe qual o seu lugar institucional. // As palavras de Marcelo chegaram à imprensa internacional, incluindo à americana. Mas, para já, as reações fazem-se apenas dentro de portas, com os partidos a dividirem-se.”) – SIC Notícias, 2025/08/29;


2. Nota: composição com recurso a imagens disponíveis na Web.)

Thursday, August 28, 2025

Montenegro garante que Governo esteve sempre ao leme. Bode expiatório.

Vem o título a propósito das explicações dadas ontem pelo primeiro-ministro na Comissão Permanente da Assembleia da República.

Mas não basta só dizer que se está ao leme. É preciso mais.
 
Num excelente artigo de opinião, publicado no Público de ontem e não limitado a assinantes, Agostinho Lopes aborda o problema dos incêndios de uma forma séria e objectiva, coisa que tem faltado por aí, a começar pelo governo.

De uma forma resumida podemos dividir o artigo em três partes:

I – O escamotear do problema dos incêndios com “bodes expiatórios velhos” e “bodes expiatórios novos”.
II – Respostas necessárias mas não suficientes que poderiam ter outra eficiência no combate aos incêndios.
III – Resolver as razões estruturais e primeiras dos incêndios que têm sido ofuscadas e mascaradas.

E a conclusão que tem a ver com as opções políticas da direita.



(1. O artigo de opinião: «Fogos florestais: descoberto um novo bode expiatório» – Público, Opinião de Agostinho Lopes, em 2025/08/27; 2. O primeiro-ministro esteve ontem na Comissão Permanente da Assembleia da República: «"Devia ter adiado a Festa do PSD": perante críticas no Parlamento, Montenegro diz que esteve "sempre ao leme" nos incêndios» (TODO O DIRECTO) – SIC Notícias de 2025/08/27;


4. Nota: fotografia da imagem televisiva da ARTV e desenho a lápis do autor, colorido digitalmente.)

Friday, August 22, 2025

Incêndios transformaram-se numa crise social e política. Empertigamento.

Portugal, 25 dias a arder. O que fizeste no Verão passado?

Sei o que fizeste no Verão passado(*), sei o que fizeste neste, mas não sei o que farás no Verão seguinte. Vem isto a propósito da comunicação ao país do Primeiro-Ministro, ontem, anunciando as medidas aprovadas em reunião de Conselho de Ministros para mitigação dos efeitos dos fogos florestais.

No final algum empertigamento: “Até posso nesta ocasião confidenciar, sei por experiência própria – porque, como sabem, também tenho raízes rurais –, de viver, e conviver, com esse drama (...) Há incêndios que começam de forma absolutamente inesperada, (...) que se comportam de forma absolutamente irregular, há fenómenos de chamas (...) com uma rapidez tal que muitas vezes a andar não se consegue acompanhar a chama. Eu sei muito bem o que isso é.(1. a))

E por falar em empertigamento, na Escolinha “Comunicação” Montenegro mostra-se impertinente e irrequieto e leva um bate-barbas do professor:



Artigo de opinião: «Fogos florestais: descoberto um novo bode expiatório» (Em resumo: I – O escamotear do problema dos incêndios com “bodes expiatórios velhos” e “bodes expiatórios novos”. II – Respostas necessárias mas não suficientes que poderiam ter outra eficiência no combate aos incêndios. III – Resolver as razões estruturais e primeiras dos incêndios que têm sido ofuscadas e mascaradas.) – Público, Opinião de Agostinho Lopes, em 2025/08/27.


“Desprotecção” Civil, arrogância (desespero?), abandono e sentimento de grande revolta da população. Vítor Andrade é jornalista de Economia do Expresso e conta-nos como ele e a população defenderam sozinhos a aldeia de Bendada, no concelho do Sabugal: «PODCAST “Os bombeiros só começaram a surgir depois de aparecerem as televisões. Foi com o alerta da comunicação social que começou a melhorar”» – SIC Notícias de 2025/08/20.


O embuste é um “modus operandi”? Das 45 medidas aprovadas para mitigação dos efeitos dos fogos florestais logo a primeira é um ardil: “Reforço dos cuidados de saúde nas zonas afetadas, com isenção de taxas moderadoras e dispensa gratuita de medicamentos pelas unidades do SNS”. O senhor primeiro-ministro esqueceu-se de dizer que a “isenção de taxas moderadoras é para doentes não referenciados” no SNS, pois que “as taxas moderadoras já não existem no Serviço Nacional de Saúde, salvo urgências não referenciadas, desde Maio de 2022”. O governo veio agora “esclarecer” o que a lei já dizia: «Após críticas de Temido, Governo esclarece: isenção de taxas moderadoras é para doentes não referenciados» – Diário de Notícias de 2025/08/22.


Em tempo: «PS diz que medidas lançadas por António Costa ficaram no papel e que o Governo “andou a perder tempo em matéria de gestão florestal”» (“José Luís Carneiro faz quatro perguntas ao Governo, que "exigem uma resposta"”) – Expresso de 2025/08/21.


(1. As notícias: a) «Incêndios. Conselho de Ministros aprova 45 medidas para pessoas e empresas afetadas» (COMUNICAÇÃO AO PAÍS; A PARTE CITADA AOS 29’38’’) – RTP Notícias de 2025/08/21b) «Estas são algumas das 45 medidas apresentadas por Luís Montenegro contra os incêndios» – TVI Player, mesma data; e c) «Governo aprova 45 medidas para mitigar efeitos dos fogos florestais» – Portal do XXV Governo: Conselho de Ministros de 21/08/2025;

2. Nota: Na Escolinha “Comunicação”: Luís Montenegro (primeiro-ministro) e Maria Lúcia Amaral (ministra da Administração Interna); desenho do autor com recorte de imagens disponíveis na Web;

(*) É o nome de um filme, e só isso: «I Know What You Did Last Summer» (“Sei o Que Fizeste no Verão Passado” (saga iniciada em 1997) – Wikipedia.)

Wednesday, August 20, 2025

Não merece estar aqui. PM ouve desagrado em funeral de bombeiro.

Covilhã despede-se do bombeiro que morreu num incêndio. No funeral de Daniel Agrelo uma voz vibrante de mulher, áspera mas ampla e eloquente, fez-se ouvir.

Palavras duras: “O senhor primeiro-ministro não é bem visto nesta cidade! O senhor não merece estar aqui! O senhor merece estar no seu sítio! (...) nós somos da província, mas não somos 'maluquinhos'. O senhor não é bem vindo nesta cidade.

No conto de Andersen “O Rei vai nu” a verdade fez-se da boca de uma criança, aqui da boca de uma mulher sem “tiques” de metrópole.

Se era evitável? Era. Bastava o mínimo dos mínimos. E não era pedir muito:



Artigo de opinião: «Fogos florestais: descoberto um novo bode expiatório» (Em resumo: I – O escamotear do problema dos incêndios com “bodes expiatórios velhos” e “bodes expiatórios novos”. II – Respostas necessárias mas não suficientes que poderiam ter outra eficiência no combate aos incêndios. III – Resolver as razões estruturais e primeiras dos incêndios que têm sido ofuscadas e mascaradas.) – Público, Opinião de Agostinho Lopes, em 2025/08/27.


(1. As notícias: a) «Primeiro-ministro ouve desagrado em funeral de bombeiro da Covilhã» (A VOZ DA REVOLTA) – RTP Notícias de 2025/08/19; e b) «Autarca da Guarda defende "pacto de regime" para enfrentar incêndios» (COM O VÍDEO) – Idem, mesma data;

2. Para reflexão: a) «Incêndios Florestais – importa dizer a verdade aos portugueses» – artigo de opinião (Expresso de 2025/08/06) de Ascenso Simões, membro do XVII Governo Constitucional; e b) «Crime a Céu Aberto» – Raquel Varela, 2025/07/31;


4. Nota: Na Escolinha “Comunicação”: Luís Montenegro (primeiro-ministro) e Maria Lúcia Amaral (ministra da Administração Interna); desenho do autor com recorte de imagens disponíveis na Web.)

Tuesday, August 19, 2025

Corrida a três



(1. A propósito: a) «Michel Vaillant» – Wikipedia; b) «Jean Graton» – Idem; e c) o «Porsche 911 RSR» – Idem; 2. Desenho digital com fotografias do autor de duas miniaturas do Porsche 911 RSR e onomatopeias retiradas da banda desenhada Michel Vaillant.)

Saturday, August 16, 2025

Cimeira no Alasca. Salamaleques.

Se tivéssemos que caracterizar os dois presidentes Putin e Trump, o primeiro seria o jogador de xadrez e o segundo o lutador de luta livre. Mas ambos da cortesia e dos salamaleques. Encontraram-se em Anchorage, Alasca, para resolver o problema da guerra na Ucrânia (de 15 para 16/08/2025, horário em Portugal).

A gente agora acredita que afinal não era “bluff” que são muito amigos e tratam-se por tu e até nos ocorreu que esta “dupla” podia ser “uma dupla de três”, caso o Zelensky queira entrar no clube.

Era ouro sobre azul!




2. Composição a partir de fotografia da transmissão televisiva da RTP3, mais imagem do vídeo da notícia, mais o mamute em: «File:Columbian mammoth.JPG»; descrição: Skeleton of Columbian mammoth, Mammuthus columbi, in the George C. Page Museum at the La Brea Tar Pits, Los Angeles, California; autor: WolfmanSF, em 8 November 2009, licença CC BY-SA 3.0; é possível compartilhar e adaptar a obra, desde que se atribua o respectivo crédito.)

Saturday, August 09, 2025

Tribunal Constitucional chumba Lei de Estrangeiros. A casca de banana.

Sempre que a direita (com laivos de extrema-direita) chega ao poder dá-lhe para os tiros na Constituição.

Aconteceu no governo de Passos Coelho e Miguel Relvas (Orçamento de Estado para 2013) e volta a acontecer no actual governo de Montenegro, com o seu ajudante-de-campo André Ventura (alteração da Lei da Imigração).

André Ventura (ajudante-de-campo), no lugar do cocheiro, e, a cavalo, Luís Montenegro (Primeiro-ministro), brincam ao Far West. Dizem as más línguas, do primeiro, que as forças do CHEGA, com um tal Projecto de Lei n.º 61/XVII/1, apresentado pelo Grupo Parlamentar do Partido, ludibriaram as forças do Montenegro, estendendo-lhe uma casca de banana, que resultou numa grandessíssima cagada no Tribunal Constitucional. Dizem... Mas não há certezas!


Enfim, um espectáculo deprimente de Big Brother de Verão.

Ontem o Tribunal Constitucional pronunciou-se sobre as mudanças na lei da imigração e considerou inconstitucionais cinco normas. Vetada de imediato pelo Presidente da República, a lei vai novamente à Assembleia da República.

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Actualização (Portugal nas bocas do mundo):

a) «Imprensa internacional noticia travão do Constitucional à Lei de Estrangeiros» (COM “LINKS” PARA VÁRIAS PÁGINAS DO BRASIL, CABO VERDE, MOÇAMBIQUE, ÍNDIA E UCRÂNIA, E PARA A AGÊNCIA DE NOTÍCIAS BRITÂNICA “REUTERS”) – ECO de 2025/08/09;

e b) UCRÂNIA: «Portugal tightens migration rules: what it means for Ukrainians» (“Portugal reforça regras de migração: o que isso significa para os ucranianos”) – Kyiv • UNN, 2025/08/08.

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(1. As notícias: a) «Tribunal Constitucional chumba alterações à Lei de Estrangeiros» (COM O VÍDEO DA LEITURA DO ACÓRDÃO) – RTP Notícias de 2025/08/08; b) «TC declara que mudanças na lei da imigração são inconstitucionais. Presidente vetou de seguida» – Diário de Notícias, mesma data; e c) «Tribunal Constitucional chumba lei de estrangeiros. Marcelo já vetou» – Público, mesma data;

2. O texto em que o Presidente da República pede a fiscalização abstracta preventiva da constitucionalidade do Decreto n.º 6/XVII da A.R.: «Presidente da República submete Lei de Estrangeiros ao Tribunal Constitucional» - «Site» da Presidência em 2025/07/24;

2.1. Logo no art.º 1.º diz o Presidente:O Decreto em apreciação, consultados os elementos constantes do Diário da Assembleia da República, tem origem na Proposta de Lei n.º 3/XVII/1, da autoria do Governo, e no Projeto de Lei n.º 61/XVII/1, apresentado pelo Grupo Parlamentar do Partido CHEGA. No decurso do procedimento legislativo parlamentar, a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, aprovou um texto de substituição das duas iniciativas que foi ainda objeto de propostas de alteração aprovadas já em Plenário.”;

3. O decreto em causa: «DECRETO DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA N.º 6/XVII» – pdf da Assembleia da República de 2025/07/16;

4. A Lei que altera: «Lei n.º 23/2007, de 4 de julho», que “Aprova o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional” – Diário da República;

5.  No tempo de Passos Coelho e Miguel Relvas, em 2013/01/08: «Tiros na Constituição da República»;

5.1. Nota: pegou-se no desenho de 2013 e adaptou-se à circunstância actual: composição a partir de «Pistoleiros do Oeste (Rita Pavone -Terence Hill) Dublado» (vídeo já não disponível no YouTube).)

Friday, August 01, 2025

Atribulações de um emigrante português em França

Nos três primeiros dias de emigrante em França (anos depois da revolução de ‘74) não havia meio do Alma Grande acertar com o caminho para casa quando saía do trabalho... Mas só foram esses três dias.


Esta é uma história verdadeira (só o nome é inventado), contada de forma humorística (e, portanto, vale o que vale) por um emigrante português que, anos depois da revolução de ‘74, atravessou de camioneta Portugal, Espanha e França em busca de uma vida melhor. Ainda assim, não foi fácil.

Mas agora falando mais a sério e caso um dia alguém da direita (Luís Montenegro) ou extrema-direita (André Ventura) tropece aqui, o que é altamente improvável, ouça e olhe, com atenção, o documentário em baixo da Teresa Nicolau, que é de 2014:

«Sessenta anos de emigração portuguesa» (“Cerca de 300.000 portugueses saíram entre 2010 e 2013 (...) Se antes a salto e às escondidas, agora nas asas da liberdade, mas sempre deixando Portugal entre as lágrimas e a saudade.”) – RTP Ensina.


(1. A propósito: a) «Gare de Lyon» – Wikipedia; e b) «Lyon» (“Lyon está a cerca de 470 km a sul de Paris”) – Idem; 2. Nota: desenho a lápis do autor e colorido digitalmente: um lusitano (português), numa das histórias de Asterix e Obelix, fala com um centurião romano.)

Tuesday, July 29, 2025

Um inusitado balão de alumínio nas festas da Nossa Senhora da Saúde - II

Como nós aqui não somos de mentir, juntamos numa só imagem os quatro momentos em que um estranho objecto, girando sobre si – um balão de alumínio?, um toldo? –, percorreu em pouco mais de sete segundos o horizonte, perdendo-se atrás da casa que aqui se vê. Dia 27/07/2025, às 18h44.


Fora da imagem, à esquerda, temos o jardim de Arca d'Água onde decorrem os festejos da Nossa Senhora da Saúde, com barracas de comes e bebes, brinquedos, populares e feirantes e muita música. Está vento forte neste fim de tarde e um alarido súbito de gaivotas fez-se ouvir no ar.

Terá vindo de lá o estranho objecto? E o que têm as gaivotas a ver com o caso?


Monday, July 28, 2025

Um inusitado balão de alumínio nas festas da Nossa Senhora da Saúde

Em finais de Julho, e até meados de Agosto, decorrem por todo o país as festas em honra da Nossa Senhora da Saúde. E se nestas alturas não acontecem milagres por vezes acontecem coisas estranhas, como foi o caso deste balão de alumínio (presume-se que é) que disparou inusitadamente pelos céus de Paranhos, vindo do jardim de Arca d’Água (onde estão as barracas das festas), perante o alarido assarapantado do clã das gaivotas.

Aqui fica o registo, real e autêntico. 27/07/2025, às 18h44:





(1. A propósito: a) «Nossa Senhora da Saúde» – Wikipedia; b) «Festas em Honra de Nossa Senhora da Saúde 2025» – Junta de Freguesia de Paranhos; e c) O «cartaz de festas 2025» (25 de Julho a 17 de Agosto) – Idem; 2. Ainda a propósito: a) «Evaniidae» (vespa-bandeira) – Wikipedia; b) «Nevoeiro em fim de tarde de Verão com Vespa-Bandeira – III» – em Desenhoscorvomanias; e c) «Gaivota» – Wikipedia; 3. Notas: a) Presume-se que o que foi fotografado a voar no céu, rapidamente levado pelo vento, foi um balão de alumínio, mas... seria um toldo? Fica o mas; e b) Fotografia do autor.)

Wednesday, July 23, 2025

Andam extraterrestres em Santo André de Ézaro

Os jornais deram a notícia: uma bola de fogo caiu ontem no mar, ao largo de Santo André de Ézaro. Pusemo-nos à coca e hoje à noite fotografamos o que nos parece ser o periscópio da nave. Ou será o extraterrestre?


(1. a) Santo André de Ézaro é uma localidade fictícia, mas se existisse seria algures na Costa da Morte, na Galiza, Espanha; o nome também alude ao romance de Camilo Jose Cela, “A Cruz de Santo André”; 2. Já agora: a) «Camilo Jose Cela» – Wikipedia; b) «La cruz de San Andrés» (A Cruz de Santo André), 1994 – goodreads; e c) «Ézaro» (Galiza, Espanha.) – Wikipedia; 3. E o que é um «Periscópio»? – Wikipedia.)

Monday, July 21, 2025

Viagem 2: A Ilha Misteriosa

O que mais admira nos filmes americanos, principalmente nos de aventuras, é o sentido de humor que os personagens têm quando se encontram em situações de desgraça ou perigo.

Tudo começa com a viagem de quatro heróis num helicóptero-calhambeque, com o Pacífico à direita e o Pacífico à esquerda, em busca da Ilha Misteriosa, onde ninguém quer ir, a não ser que seja louco ou aventureiro.

A viagem, mais abanão, menos abanão, mais porca, menos porca, com gargalhadas à mistura, prosseguiu até entrarem no olho do furacão, e aí o “calhambeque” pôs-se aos trambolhões e desfez-se em cacos – e lá se foi o “Visitas de Luxo”.

Desafiando as leis da física e da sobrevivência, acordaram os quatro sem um arranhão na Ilha Misteriosa, mas um, que era o mais tosco – Gabato Laguatan –, ainda deitado na areia e vendo em frente um pé sem corpo, pôs-se a gritar que nem um desalmado:

SOCORRO! SOCORRO! Estou partido ao meio! E o meu pé mexe!


Correram para ele, aflitos, os outros três sobreviventes – Kailani Laguatan, filha do Gabato, o rapaz Sean Anderson e o seu padrasto Hank Parsons:

Descansa. Estás só meio enterrado” – disse um deles.

E o tosco, tal como o paralítico dos evangelhos, sem mais considerações filosóficas levantou-se (sacudiu a areia) e andou.

Assim começa verdadeiramente a saga na Ilha Misteriosa, onde os quatro vão encontrar Alexander Anderson, avô do Sean, um elefante do tamanho de um gato, e muitos, muitos, gigantes.


(1. O filme (2012): a) «Journey 2: The Mysterious Island» (“Viagem ao Centro da Terra 2: A Ilha Misteriosa” ou “Viagem 2 - A Ilha Misteriosa”) – Wikipedia; b) «Viagem ao Centro da Terra 2: A Ilha Misteriosa» – RTP, Programas TV; e c) «Viagem 2: A Ilha Misteriosa - Trailer 1 (dublado) [HD]» – «in» Warner Bros. Pictures Brasil;

2. Nota 1: para maior eficácia de “gritou que nem um desalmado” e “correram para ele os outros três sobreviventes”, juntaram-se num só dois “frames” do filme; Nota 2: o diálogo original é, aproximadamente, o reproduzido na imagem; e Nota 3: o texto é uma criação livre que mantém, no essencial, a história.)

Sunday, July 20, 2025

Friday, July 18, 2025

Debate sobre o estado da Nação II. Montenegro confunde Sophia com Saramago.

Ainda a intervenção inicial de ontem do Primeiro-Ministro no debate sobre o estado da Nação, quando confundiu, numa citação, a Sophia (Sophia de Mello Breyner Andresen) com o Saramago (José Saramago).

Por mau uso, agora a frase é do Montenegro. Mas vejam...



(1. A Notícia: «"É fácil perceber porque não há ministério da cultura neste governo": Montenegro confunde Sophia com Saramago» - CNN Portugal, 2025/07/17; 2. A frase completa: José Saramago: “Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos. Sem memória não existimos, sem responsabilidade talvez não mereçamos existir.” - Cadernos de Lanzarote (1994) - «in» «Citador»3. O momento para ouvir aos 25’21’’ a 25’27’’: «Intervenção inicial do Primeiro-Ministro no Debate sobre o estado da Nação» - ARTV - Canal Parlamento, 2025/07/17.)