Showing posts with label lengalenga. Show all posts
Showing posts with label lengalenga. Show all posts

Sunday, November 10, 2024

A velha furufunfelha de maracuntelha que só sabia multiplicar e somar

Zig e Zag falam de uma velha furufunfelha que nada queria com contas de subtrair (cartoon):



(1. A propósito: a) «Trava-línguas»: “O rato roeu a rolha”(...) - RTP Ensina; b) «40 trava-línguas difíceis e dificílimos» (em 7.º, "Uma velha furufunfelha") - «in» Maiores e Melhores; e ainda c) «Trava-Línguas» - «in» toda a matéria; 
2. Lengalengas: «“A Velha Furunfunfelha”» (Jogos e Rimas Infantis – Adolfo Coelho, Edições ASA, 1994) - «in» Joselito Garcia;
3. Uma história musicada: «Baú de Histórias - Velha Furufunfelha», de LaMonalisah - YouTube;
4. Ainda a propósito: «O homem que só sabia multiplicar e dividir por dois» - “slideserve” de Prof. Ilydio Pereira de Sá.)

Sunday, November 04, 2018

Lengalenga para o Joãozinho comer a sopinha toda, como de outras vezes...

Mão morta
Vai bater àquela porta.
A qual língua?
Mão morta
Vai bater àquela língua.
Como? Se o alemão é
Língua morta?
ah! ah! ah!
Vá, só mais uma...

Mão morta
Vai bater àquela porta.
A qual língua?
Mão morta
Vai bater àquela língua.
Como? Se o polaco é
Língua morta?
ah! ah! ah!
Vá, só mais uma...

Mão morta
Vai bater àquela porta.
A qual língua?
Mão morta
Vai bater àquela língua.
Como? Se o francês é
Língua morta?
ah! ah! ah!
Vá, só mais uma...

Mão morta
Vai bater àquela língua morta.
Como? Se a língua está
Morta?
ah! ah! ah!
Vá, só mais uma...

Mão morta
Vai bater àquela porta morta.
Como? Se a porta está
Morta?
ah! ah! ah!
Aí vai a última...
Que lindo menino,
Comeu a sopinha toda!

Mãe,
Amanhã há mais?
Há mais sopa e
Mais mão morta...
Vamos limpar a boquinha
Seu fuinha?
ah! ah! ah!


(1. A propósito: 

a) «– Era uma vez, quando Nosso Ford era ainda deste mundo, uma rapazinho que se chamava Reuben Rabinovitch. Reuben era filho de pais de língua polaca. – O director interrompeu-se. – Sabem o que é o polaco, calculo.
– Uma língua morta.
– Como o francês e o alemão – acrescentou outro estudante, exibindo zelosamente a sua sabedoria.»

(Huxley, Aldous, “Admirável Mundo Novo”, Colecção Mil Folhas - Público, n.º 47, 2003, p. 37);

b) «Aldous Huxley» e o seu romance «Admirável Mundo Novo» - Wikipedia;

2. Ainda a propósito: a) «Trava-línguas e Lengalengas», «in» Amiguinhos da Escola; e b) «Mão morta, mão morta», «in» Lenga-lengas e trava-línguas);

3. Lengalengas neste «blog»)

Friday, October 30, 2015

Os duelos sem fim de Dom Rodolfo e do alfaiate Meireles

I – Quando dom Rodolfo se travou de razões com o alfaiate Meireles

Acontece…
Dom Rodolfo travou-se de razões
Com o alfaiate Meireles
Era contenda de famílias
Vinha de pais e avós…

O senhor mantém o que disse?
Respondeu-lhe o Meireles:
Não retiro uma vírgula,
Venha daí seu Calígula
E escolha as armas
Eu digo-lhe quem é o reles!

Pode ser pistolas
Seu artolas?
Pode ser o que quiser
Dar-lhe um tiro, seu balofo
É um prazer dom Rodolfo.

No dia seguinte
No pontão do Farol
Ao fim da tarde
Pela missa das sete
Compareceram as testemunhas:
O homem da taverna por dom Rodolfo
O conde de Abranches pelo alfaiate Meireles
Mais a aldeia
O juiz
O padre – para os sacramentos
O coveiro – para o funeral
E a Maria Machadinha, afilhada do alfaiate Meireles,
Para a cena dos gritos e do chilique.
O alfaiate Meireles ficou do lado do farol
Próximo do penhasco
Dom Rodolfo,
Do lado das casas
Perto do tasco.
Deram-se os passos
O juiz ordenou
O povo estava em pulgas
E nem se coçava
Dois estalidos se ouviram
E o Meireles cai ao chão
Esticado como um cão!

Mas eis que – Milagre! –
O alfaiate Meireles se levanta
Sacode o pó e canta:
O botão em prata
Da casaca do alfaiate
Salvou o alfaiate,
O quanto vale ser alfaiate!

E a aldeia cantarolava:
Sobrou uma missa
Sobrou uma cova
Foi o botão em prata
Da casaca do alfaiate
Que salvou o alfaiate
O quanto vale ser alfaiate!

II – Quando o alfaiate Meireles se travou de razões com dom Rodolfo

Acontece…
Desta vez foi o alfaiate Meireles que se travou de razões
Com dom Rodolfo
Era contenda de famílias
Vinha de pais e avós…

O senhor mantém o que disse?
Respondeu-lhe dom Rodolfo:
Não retiro uma vírgula,
Venha daí seu Calígula
E escolha as armas
Eu digo-lhe quem é o balofo!

Pode ser pistolas
Seu artolas?
Pode ser o que quiser
Dar-lhe um tiro, seu reles
É um prazer alfaiate Meireles.

No dia seguinte
No pontão do Farol
Ao fim da tarde
Pela missa das sete
Compareceram as testemunhas:
O conde de Abranches pelo alfaiate Meireles
O homem da taverna por dom Rodolfo
Mais a aldeia
O juiz
O padre – para os sacramentos
O coveiro – para o funeral
E a Maria Machadinha, afilhada do alfaiate Meireles,
Para a cena dos gritos e do chilique.
Dom Rodolfo ficou do lado do farol
Próximo do penhasco
O alfaiate Meireles,
Do lado das casas
Perto do tasco.
Deram-se os passos
O juiz ordenou
O povo estava em pulgas
E nem se coçava
Dois estalidos se ouviram
E dom Rodolfo cai ao chão
Esticado como um cão!

Mas eis que – Milagre! –
Dom Rodolfo se levanta
Sacode o pó e canta:
O brasão em prata
Da casaca do fidalgo
Salvou dom Rodolfo,
O quanto vale ser brasonado!

E a aldeia cantarolava:
Sobrou uma missa
Sobrou uma cova
Foi o brasão em prata
Da casaca do fidalgo
Que salvou dom Rodolfo
O quanto vale ser brasonado!

III – Quando o filho de dom Rodolfo se travou de razões com o filho do alfaiate Meireles

Acontece…
Desta vez foi o filho de dom Rodolfo que se travou de razões
Com o filho do alfaiate Meireles
Meteram-se os pais
Era contenda de famílias
Vinha de pais e avós…

Como metia menores
A coisa resolveu-se com os pais
O seu filho mantém o que disse?
Respondeu-lhe o Meireles:
Diz que não retira uma vírgula,
Venha daí seu Calígula
E escolha as armas
Eu digo-lhe quem tem um filho reles!

Pode ser pistolas
Seu artolas?
Pode ser o que quiser
Dar-lhe um tiro, pelo meu filho, seu balofo
É um prazer dom Rodolfo.

No dia seguinte
No pontão do Farol
Ao fim da tarde
Pela missa das sete
Compareceram as testemunhas:
O homem da taverna por dom Rodolfo
O conde de Abranches pelo alfaiate Meireles
Mais a aldeia
O juiz
O padre – para os sacramentos
O coveiro – para o funeral
Os filhos de dom Rodolfo e do alfaiate Meireles
E a Maria Machadinha, afilhada do alfaiate Meireles,
Para a cena dos gritos e do chilique.
O alfaiate Meireles ficou do lado do farol
Próximo do penhasco
Dom Rodolfo,
Do lado das casas
Perto do tasco.
Deram-se os passos
O juiz ordenou
O povo estava em pulgas
E nem se coçava
Dois estalidos se ouviram
E o Meireles cai ao chão
Esticado como um cão!

Mas eis que – Milagre!–
O alfaiate Meireles se levanta
Sacode o pó e canta:
O botão em prata
Da casaca do alfaiate
Salvou a honra do filho do alfaiate,
O quanto vale ser alfaiate!

E a aldeia cantarolava:
Sobrou uma missa
Sobrou uma cova
Foi o botão em prata
Da casaca do alfaiate
Que salvou a honra do filho do alfaiate,
O quanto vale ser alfaiate!

IV – Quando o filho do alfaiate Meireles se travou de razões com o filho de dom Rodolfo

Acontece…
Desta vez foi o filho do alfaiate Meireles que se travou de razões
Com o filho de dom Rodolfo
Meteram-se os pais
Era contenda de famílias
Vinha de pais e avós…

Como metia menores
A coisa resolveu-se com os pais
O seu filho mantém o que disse?
Respondeu-lhe dom Rodolfo:
Diz que não retira uma vírgula,
Venha daí seu Calígula
E escolha as armas
Eu digo-lhe quem tem um filho balofo!

Pode ser pistolas
Seu artolas?
Pode ser o que quiser
Dar-lhe um tiro, pelo meu filho, seu reles
É um prazer alfaiate Meireles.

No dia seguinte
No pontão do Farol
Ao fim da tarde
Pela missa das sete
Compareceram as testemunhas:
O conde de Abranches pelo alfaiate Meireles
O homem da taverna por dom Rodolfo
Mais a aldeia
O juiz
O padre – para os sacramentos
O coveiro – para o funeral
Os filhos do alfaiate Meireles e de dom Rodolfo
E a Maria Machadinha, afilhada do alfaiate Meireles,
Para a cena dos gritos e do chilique.
Dom Rodolfo ficou do lado do farol
Próximo do penhasco
O alfaiate Meireles,
Do lado das casas
Perto do tasco.
Deram-se os passos
O juiz ordenou
O povo estava em pulgas
E nem se coçava
Dois estalidos se ouviram
E dom Rodolfo cai ao chão
Esticado como um cão!

Mas eis que – Milagre! –
Dom Rodolfo se levanta
Sacode o pó e canta:
O brasão em prata
Da casaca do fidalgo
Salvou a honra do filho de dom Rodolfo,
O quanto vale ser brasonado!

E a aldeia cantarolava:
Sobrou uma missa
Sobrou uma cova
Foi o brasão em prata
Da casaca do fidalgo
Que salvou a honra do filho de dom Rodolfo
O quanto vale ser brasonado!

V – Quando o pai de dom Rodolfo se travou de razões com o pai do alfaiate Meireles

Acontece…
Desta vez foi o pai de dom Rodolfo que se travou de razões
Com o pai do alfaiate Meireles
Meteram-se os filhos
Era contenda de famílias
Vinha de pais e avós…

Como metia idosos
A coisa resolveu-se com os filhos
O seu pai mantém o que disse?
Respondeu-lhe o Meireles:
Diz que não retira uma vírgula,
Venha daí seu Calígula
E escolha as armas
Eu digo-lhe quem tem um pai reles!

(…)

(é uma lengalenga que, com as devidas adaptações, pode meter a criada (“como metia criadagem / a coisa resolveu-se com os patrões”), o vizinho, etc.. Ao gosto e imaginação de cada um…)

Só mais esta:

VI – Quando o cão de dom Rodolfo mordeu o cão do alfaiate Meireles

Acontece…
Desta vez foi o cão de dom Rodolfo que mordeu
O cão do alfaiate Meireles
Meteram-se os donos
Era contenda de famílias
Vinha de pais e avós…

Como metia canídeos
A coisa resolveu-se com os donos
O senhor não sabe dar educação ao seu cão?
Respondeu-lhe o Meireles:
Já falei com ele, diz que sim,
Venha daí seu Calígula
E escolha as armas
Eu digo-lhe quem tem um cão reles!

(…)


(1. «Duelo» - Wikipedia; 2. Dicionário: a) duelo: combate singular entre duas pessoas, precedido de desafio ou repto, escolha de testemunhas e indicação de local e armas; contenda entre dois indivíduos ou dois Estados desavindos; luta com armas iguais; b) sacramento: a confissão, a comunhão e a extrema-unção, que os católicos recebem, quando em perigo de morte; c) extrema-unção: um dos sete sacramentos, que se confere a um doente em perigo de vida; d) afilhado: o que é apadrinhado no baptismo, no registo de nascimento, no casamento ou em acto de doutoramento; protegido; favorecido; não sendo aqui o caso, é também a testemunha de um duelo; e) chilique ou chelique: este, termo popular, significando delíquio, desmaio nervoso, desfalecimento, perda dos sentidos.)

Saturday, July 11, 2015

Rimas do Tono cozinheiro

O Tono cozinheiro
Das batatas cheias de óleo
Ganhava muito dinheiro
Tinha um fogão a petróleo

Se os ovos caíam ao chão
Para o lixo é que não iam
Eram comidos com pão
E que bem que sabiam!

Namorava com uma prima
Discutia futebol
Não sabia uma rima
E nada d’Alves Redol

Se a música era paixão
Cassetes não lhe faltavam
Tinha prá’i um milhão
Som que os amigos gostavam

Certo dia foi-se embora
P’ra se casar lá na terra
Veio um cozinheiro de fora
Dos lados de Salvaterra…

E Tono também se chamava.

De modo que a história começa assim:

O Tono cozinheiro
Das batatas cheias de óleo
Ganhava muito dinheiro
Tinha um fogão a petróleo

Se os ovos caíam ao chão…


(1. A propósito: «Alves Redol» - Wikipedia; 2. Outras «lengalengas» neste «blog»))

Monday, April 29, 2013

Um poema por dia durante o mês de Abril - Dia 26

(ou quase isso) 

Animais e outros que tais 
(recolha de vários «posts»):

D. Sebastião
Que era natural do Baião...

E que mais Vovó?

O macaco
Pantominices
A aranha
Rosa-da-Cruz-Cheia-de-Manhas 
O Cavaleiro D. Juan
Tão rico que podia dormir até às 11 horas! 
O Rabelo que parlava assim: 
as jarbes
o só-fá
asjoras
ejijir...
E tinha a mania dos diminutivos como
ubinhas
sardinha bibinha
'tadinha dela...

E que mais Vovó?

As fases da Lua que são
A Envergonhada, toda escondida
As Tímidas, a crescer e a mingar
A Risonha, a Lua Cheia que até parece uma bolacha! 

E que mais Vovó?

O aranhiço
Metediço-e-Senhor-de-muita-nota 
A centopeia
99-patas-e-muleta que ao centésimo passo batia que nem um trovão!
O crocodilo
Cró-cró
E que crocodilo!
A pega
Crá-crá  
O pintainho
Pi-pi   
O caracol
Sem-barulho-e-Ranheta 
O sapo
Bota-de-Elástico
A rã
Mola-que-Mola 
O pirata
Da perna di pau e olho di virdo e cara di mau  
A mosca-do-sono
Zé-zé 
O mosquito
Zum-zum que tinha a mania que era avioneta 
O ouriço-cacheiro
Caixeiro-Viajante-e-Pica-que-Pica 
O leão
Voz-de-Trovão
Só ameaçado pela centopeia 99-patas-e-muleta que ao centésimo passo batia que nem um trovão!
E que te contei em cima
O gato
Tenório-que-era-um-verdadeiro-Tenor
A girafa
Pescoço-de-Garrafa 

E que mais Vovó?

O Professor Alves
Que ensinava geometria com sólidos a voar pela sala à cabeça dos alunos 
O Lacerda
Professor da 1.ª classe 
Que tinha uma motorizada que era mais rápida que os carros quando estes estavam parados 
O Pimpinela Escarlate
Gato preto com gravata branca e tão inteligente que até cumprimentava de pata! 
O Tigre
Gato autêntico
Que morreu de morte natural com uma espinha entalada na boca 
Porque era contra intervenções veterinárias em fase terminal 
O Gato Citroën
Que-às-Esquinas-dos-Muros-Buzinava-como-um-Citroën-e-tinha-Bofelas-de-Trasorelho 
A Centopeia
Pé-de-Meia-Noventa-e-Nove-Patas-e-Muleta
Diz-me se é repetida...
O Gafanhoto
Todo-Pedrado-Natural-do-Nevada

E que mais Vovó?

Os Adultos-Homens
Sem Meninices
E chega por hoje
É hora de João Pestana
Amanhã há mais!
(Ai que este meu menino não há meio de dormir!)


(NaPoWriMo 2013, uma iniciativa da WordPress)