E não é que em vez de uma imprensa livre, adequada à importância dos factos políticos, segundo critérios jornalísticos de qualidade, vamos passar a ter uma televisão com «quotas» para o noticiário político nos nossos canais públicos? Ou seja, vamos passar a assistir a uma espécie de tábua (na vertical) onde se picam agriões, alfaces, cenouras, tudo o que vier a esmo?!...
Por este andar só falta mesmo estabelecer uma lista de temas sujeitos a quotas. Não seria melhor começar já e estabelecer uma lista de vez, definitiva?
Uma ideia simplificada dessa lista poderia ser assim:
- 50% para os temas marcados a cor de rosa;
- 48% para os temas marcados com as restantes cores e a distribuir por ordem de impacto que têm no espectro televisivo;
- 2% para um tema sublinhado a preto (que não é cor, como se sabe).
Legenda: antevisão de uma televisão por «lotes» com intervalos a preto
(1. Jornal de Notícias de 2007/05/18: «Código da ERC gera «dúvidas constitucionais»; 2. E, já que se fala de cores: Arco-íris - Wikipedia)