Agostinho Teixeira Ribeiro, poeta popular do Porto.
Veste um fato de Pai Natal de cor azul. Nas costas, a letras brancas garrafais os seguintes dizeres: «O AMIGO DO PAI NATAL». Na pasta a tiracolo o anúncio «CORREIO AZUL» e dentro o seu diário, com as fotografias, os poemas (sempre presentes dia-a-dia) e vários documentos.
Terra (no sentido de cultivo da terra), mágoa e mulher (esta no sentido anterior mas também significando a falta, a ausência) talvez sejam as palavras/temas que lhe são mais caros!...
Agostinho, o Poeta (nascido em Arnoia, concelho de Celorico de Basto):
«Dentro desta minha mala
Está a minha solidão
Guardo todo o desprezo
Que as pessoas desumanas me dão
Fazem de mim um animal
Quando eu tenho chapéu e capote
Julgam-me com o nome trocado…
Para que eu não tenha sorte»
(Agostinho Teixeira Ribeiro)
«Como te lembraste de mim?
Ó Agostinho, tu não digas nada
Ó Agostinho, tu não digas não
Ó Agostinho, tu não digas nada
O que se passa no meu coração
O que se passa, não sei de nada
O que se passa, não sei de nada não
Eu não posso saber o que se passa
Sem ver o teu coração
Queres ver o meu coração
É esse o segredo que vais guardar
Vais ver o meu coração
Quando te estiver a abraçar
Não quero que me abraces
Com esse amor assim
Porque esse segredo de amor
Já não está só em mim
Não quero que me abraces
Porque não tem sentido de amor
Tem sim, a compreensão
Quando sentires o meu calor…»
(Agostinho Teixeira Ribeiro)
(Nota: autorizada a reprodução pelo autor)
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