«O Palhaço», encenação de Maria José Nogueira Pinto

Toda a gente sabe que Natal é época de circos e quem diz circos diz palhaços, a chilopoda, o Rei da Jaula…

(Por força de uma certa portaria, o Rei da Jaula agora só toca piano)

Vem isto a propósito da peça «O Palhaço» da autoria de Maria José Nogueira Pinto, em cena na Comissão Parlamentar de Saúde da Assembleia da República.

«Arrufos e mimos fazem parte da essência humana» – é o mote da peça.

Transcreve-se aqui parte do original (corre uma versão modificada, mais par(a)lamentar):

«(…)

Maria José Nogueira Pinto (PSD): – De onde é que saiu este palhaço?

Ricardo Gonçalves (PS, e visado): – Pelas suas piadas logo se vê que a senhora doutora é da linha de Cascais. (forma sub-reptícia de lhe chamar Cinha Jardim ou Lili Caneças, senhoras bem conhecidas das andanças sociais e das revistas cor-de-rosa)

Couto dos Santos (Presidente da Comissão. Dirigindo-se ao insultado e parodiando um certo rei castelhano que um dia mandou calar um presidente sul-americano): – Por que non te callas? Ó!... Ó!... Ó senhor deputado!... (o deputado estava imparável)

Maria José Nogueira Pinto: – Palhaço...

Ana Jorge (Ministra da Saúde. Baixando a cabeça e para com o seus botões): – «Que vergonha! Que vergonha! Onde está o buraco?»

Ricardo Gonçalves – A senhora doutora não domina esta área, tanto salta na corda bamba como faz de saltimbanco ou toca berimbau. Com tanta prosápia circense bem que podia ir treinar o urso!

Maria José Nogueira Pinto: – Palhaço...

Couto dos Santos (ameaçando): – Ó!... Ó!... Ó senhor Ricardo Gonçalves, eu suspendo os trabalhos! Eu suspendo os trabalhos, vai tudo já para férias!

Coro: – Como?, se o bilhete já está pago!»

A versão par(a)lamentar (no You Tube):

Última hora: Circo Cardinali contrata Maria José Nogueira Pinto para apresentar o número do palhaço de Cascais e do palhaço da Província.


(1. E perguntam vocês: quem é «Maria José Nogueira Pinto» (Wikipedia) e quem é «Ricardo Gonçalves» (sítio da Assembleia da República)?; 2. E o que é isso do Rei da Jaula agora só tocar piano? Ver em «Chilopoda, a quanto me obrigas!» (neste «blog» em 2009/10/14); 3. A propósito: «Circo Victor Hugo Cardinali»)

A Liquidambar styraciflua (Árvore-do-âmbar) e o Outono

Está prestes a acabar o Outono e o rigor do Inverno aproxima-se: com ele vem o Natal, coisa mais p’ra crianças. Vem isto a propósito da bela tonalidade outonal que a Liquidambar styraciflua ainda empresta ao Largo de Alberto Pimentel, na cidade do Porto. Impossível deixar de a registar.

As folhas, levadas pelo vento, vão, aos poucos, bordando o chão que depois os homens da Câmara limpam como podem. Quis o autor transportá-las para um scanner e o resultado deu nisto:



O Largo de Alberto Pimentel, no Porto (Portugal) - em Google maps:


Ver mapa maior


(1. A Liquidambar styraciflua em «ARBORIUM, atlas de árvores de Leiria» e em «Dias com árvores»; 2. «Equinócio» e «Outono» - Wikipedia; 3. Composição a partir de imagens existentes no Google, nomeadamente: «astroPT»)

Um caso de videovigilância...

... reforçada!

Chilopoda, a quanto me obrigas!

Legenda: Jacques Clouseau registando a sua centopeia

Vem isto a propósito da Portaria 1226/2009, publicada no passado dia 12 em Diário da República. Para os mais curiosos, aqui fica o texto (na parte que interessa):

«5.º Os detentores de espécimes das espécies listadas no anexo II da presente portaria, que dela faz parte integrante, têm de ser maiores de idade e registar os espécimes detidos no ICNB, I. P.»

E o anexo reza assim:

«5 — Chilopoda (classe das centopeias) — todas as espécies não listadas no anexo I.», isto é, «todas as espécies da ordem Scolopendromorpha».

É caso para dizer: a bem da Chilopoda!

(1. Noutro local: «Macacos, elefantes, leões e tigres proibidos nos circos» - Público de 2009/10/12; 2. A propósito: «Quilópode» (Centopeia) - Wikipedia e o Portal do «Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade»)

Afinal o Inferno existe!

«CoRoT-7b: um exoplaneta rochoso como a Terra e quente como o "Inferno de Dante"», é o curioso título do Público de ontem – É caso para dizer que se «não é definitivamente um lugar para a vida se desenvolver» é pelo menos o lugar certo para os mortos. Quente quanto baste!

Legenda: mais um carregamento para o Inferno!

(1. A notícia; 2. «Inferno (Divina Comédia)» e «Inferno» - Wikipedia; 3. Composição a partir dos «sítios» aqui referidos)

Uma vergonha de ciclista!

Professor «desiste da bicicleta depois de multa» pode-se ler no Jornal de Notícias de ontem. Em si, a notícia quase que passa despercebida mas merece uma análise:

1.º - Nunca se deve ceder a passagem a um polícia; sempre que possível deve-se tentar atropelá-lo;

2.º - Já toda a gente sabe que os polícias são um tanto p’ró bronco, de modo que discutir com eles questões ambientais é um erro crasso (de palmatória, senhor professor!);

3.º - Bicicletas holandesas – meio apaneleiradas – com ciclistas armados de capacete e fato de domingo é sabido que é coisa que acicata o «brio» de qualquer polícia;

4.º - Nos passeios deve-se andar sempre a alta velocidade e rente às portas por causa dos carros mal estacionados;

5.º - Por último, um bom ciclista nunca substitui a bicla pela vespa. «Desistir», «ser infeliz», são coisas que não constam do dicionário de um bom desportista!


(A notícia)

Se no meio dos homens temos o...

... homem-pequeno-saco-de-veneno, vejam, por contraste, a docilidade deste...



Trata-se do Muntiacus putaoensis, uma espécie de veado que mede entre 60 e 80 centímetros de altura e foi descoberto na fronteira com o Norte da Birmânia, em 1999.


(1. A notícia: «World's Smallest Deer: 350 New Himilaya Species» «in» NowPublic; 2. O vídeo «Bambi our muntjac deer» no You Tube)

«Ai o que eu fui fazer!»

«Ferreira Leite deu vários tiros graves nos seus pés», titula o Portugal Diário de anteontem. Mário Soares, ele próprio, a propósito das escolhas da líder do PSD para as próximas listas às eleições legislativas.

Para os mais cépticos aqui fica o registo fotográfico:

Legenda - À queima-roupa: «ai o que eu fui fazer!»

(1. A notícia; 2. E perguntam vocês: quem é «Manuela Ferreira Leite»? E, já agora, quem é «Mário Soares»? - Wikipedia)

Portugal está na corrida para ter fábrica de carros a pedais,

um meio caminho entre o triciclo e a bicla.

Recortes da imprensa bem elucidativos do empenho do nosso primeiro-ministro nesta campanha:

1. «José Sócrates confirmou aos jornalistas que Portugal "está na corrida" para receber essa fábrica» (a dos carros a pedais);

2. «estamos a batalhar"» (e não é que é uma expressão em tudo semelhante a Mosteiro da Batalha?!...);

3. há vários países que se querem lançar «nessa aventura» (a dos carros a pedais, já se está a ver);

4. «Portugal faz agora um esforço para reduzir a sua dependência» (para quem não saiba é a do sabão), «apostando nas tecnologias do futuro"».

E chega!


(1. Uma notícia quase idêntica: «Portugal está na corrida para ter fábrica de baterias de carros eléctricos», titula o Jornal de Notícias de hoje; 2. A propósito: «Mosteiro da Batalha» – Wikipedia)

«É coveiro...

... mas não cheira a terra»

Portugal: europeias, legislativas e autárquicas 2009

Será que vai fazer o pleno, acertar no alvo!? Tal como na feira, são só 3 tiros...




(1. Um «post», neste «blog», sobre «um ano muito eleitoral»: «2009» (2009/01/02); 2. Nota: composição obtida a partir da imagem disponível em «Expedition 18 Lands» - NASA, Image of the Day Gallery)

Coroação de um pulsar

(1. Composição a partir de imagens disponíveis no «google»: «A Young Pulsar Shows Its Hand» - NASA, Image of the Day Gallery e «Coroa Real» (fotografia de Ricardo dos Santos Freire) «in» Olhares, Fotografia Online»; 2. A propósito, «Estrela de nêutrons... Pulsares» - Wikipedia)

Estava Deus a cortar as unhas (e já não é a primeira vez)…

... quando às tantas (por distracção) uma saltou para uma árvore cá na Terra.
Assim:




(Quando uma unha de Deus caiu algures no Universo...)

Para que serviam as lupas?

Mais que para ampliar, para transformar moscas em churrasco. Barbaridades infantis e motivo por que ainda hoje o Diabo não quer nada com as crianças.

Diz-se «prego em pau»...

... ou «prego em pão»?


(Histórias que a menina do café - que é castanha como o café - nos conta às vezes. Já agora, para os mais gulosos, aqui fica a receita de «prego no pão» em podComer)

«Um sapo no fundo do poço...

... pensa que o céu é do tamanho da boca deste» - Interveniente no programa «A Guerra», de Joaquim Furtado (dito mais ou menos assim). RTP1 (Radiotelevisão Portuguesa, Canal 1), 01/04/2009.



Legenda: uma imagem vale mais que mil palavras...


(1. Sobre o programa acima em referência: «Dos Combatentes da Guerra do Ultramar: Angola - Guiné - Moçambique», de António Pires; 2. «Guerra Colonial Portuguesa» - Wikipedia)

Abelha trabalhadeira...

... às vezes com canseira


Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Hymenoptera
Superfamília: Apoidea


(«Abelha» - Wikipedia)

Luzes e sombras...

... só porque hoje não havia nada que fazer...


(Composição a partir de imagens disponíveis no «google», nomeadamente: «SPACE PHOTOS THIS WEEK: Moon Shadow, "Blazar,"» «in» National Geographic News)

Mercedes Benz

Na montra: € 20,99


(«Mercedes-Benz» (passe a publicidade) «in» Mercedes-Benz Portugal)

O Mr. Bean português (retratos da nossa praça pública - II):

Guilherme d'Oliveira Martins

(1. E perguntam vocês: quem é esse tal de «Mr. Bean» e quem é «Guilherme d'Oliveira Martins»?- realidades diferentes, como se pode constatar na Wikipedia (fica apenas a semelhança física); 2. Um «post» relacionado: «Retratos da nossa praça pública - I» (Maria José Morgado), neste «blog» em 2007/07/28; 3. Nota: composição a partir de imagens existentes no «google»)

A morte do Jorge e ele há coisas do diabo!

Do lado de lá do telemóvel a mulher do Jorge tamarelava as palavras, dizia que era a Cristina que falava…, que tinha morrido o avô do seu homem…

(barulho das batatas a saltar para o óleo na sertã… e um cliente a dizer «quanto é, menina?»)

Do lado de cá o espanto, o "tinha morrido o avô do seu homem" transmudara-se para um "tinha morrido o seu homem".

(O que faz os soluços! Ou seria o sinal do satélite que estava fraco?)

- O teu homem!? Qual deles?

(a mulher do Jorge era casada em segundas núpcias e explicou: «O Jorge»)

Um grito no café:
- Ó mãe, o Jorge morreu!

- Quem, o nosso compadre!?

Foi de infecção súbita levado para o Santos Silva (hospital) e finou-se. E pouco mais se soube muito por causa dos soluços e abreviações e do maldito satélite que andava maleiro de sinal.

Daí a nada, o Jorge, um rapaz dos seus 47 anos, com muito ainda para dar, estava morto e bem morto, e pronto. Vá-se lá saber como!

("Não há remédio, calha a todos", diz o saber popular. O erudito também.)

E logo sucederam as conversas de circunstância, mais ou menos assim:

- Vai levar um funeral como poucos, ai vai! (elogio)

- E a casa dela, já estava paga?

- Sei lá!

- Não faz oito dias dei-lhe aquelas prateleiras, ali do armário, para os pássaros…

(O Jorge era amante de passarada engaiolada, entre outras coisas como o Fê-quê-pê - um clube de futebol da cidade, para quem não saiba.)

O ambiente enlutava-se, em crescendo. Só faltava mesmo trocar de roupa, desligar a televisão do café, baixar os estores e pensar na compra da coroa – e quanto maior melhor.

No meio deste pequeno vendaval (ou terramoto, tanto dá!) alguém se lembrou de fazer um simples telefonema para saber da capela, hora de saída do funeral, enfim, todos esses pormenores inevitáveis que a morte traz no imediato.

Qual espanto o Jorge afinal estava vivo, vivíssimo da silva. E deu-se o milagre: às lágrimas sucederam os risos, risos de alegria!

(«Antes o avô do Jorge que o Jorge» - isto foi dito seguramente umas três vezes, em razão daquele provérbio que diz "o diabo quer-se mudo, quedo e surdo" e também daquele outro do "não vá o diabo tecê-las".)

Alguns clientes do café sorriram – e ficaram-se por aqui "porque com estas coisas não se brinca". Alguns, mais velhos, incomodados com esta injusta dialéctica de às vezes os mais novos se finarem primeiro que os mais velhos, já tinham ido embora convencidíssimos da morte do Jorge, uma chatice!

Por fim lá apareceu o morto-vivo, motivo mais de festejos que de pêsames.

Um cliente vindo da rua, que todo era ouvidos, de cerveja vazia na mão com ares de quem morre por mais uma, ao vê-lo, cumprimentou-o assim:

- Nunca vi um morto levantar-se tão rápido do caixote! Mais uma mini...

Alguém disse que os crocodilos eram uma espécie perigosa!?

Ora vejam esta placa, por sinal bem elucidativa:



«Danger Politicians/No Swimming»;

traduzindo: «Perigo Políticos/Não nadar».

Trata-se, nem mais nem menos, do famoso exemplar «Socratusnosaurus, o dinossauro que andava sempre a sorrir…», agora visto a banhar-se no Rio Douro, lá para as bandas de Miranda do Douro. Acredite quem quiser.


(Uma notícia quase idêntica: «"Crocodilos" afastam banhistas do rio Douro» - Jornal de Notícias de 2009/03/18; 2. Mais sobre o «Socratusnosaurus, o dinossauro que andava sempre a sorrir…», neste «blog» (2007/12/08))

«O Universal é o local sem muros» - Miguel Torga

Um exemplo de beleza e elegância. Um sorriso que luz. Um abraço que premeia e é, por isso, premiado. Rania al-Abdullah:


Legenda - Juntamente com o ex-Presidente da República Jorge Sampaio, Rania al-Abdullah foi ontem distinguida, em Lisboa, com o Prémio Norte-Sul do Conselho da Europa. Aqui ficam as suas palavras a propósito da referência a Miguel Torga (o título deste «post»): «Sigamos a sua lição. Procuremos derrubar os numerosos muros que prejudicam os nossos deveres de solidariedade.»


(1. A notícia: «Rania e Sampaio distinguidos - Na visita a Portugal a rainha da Jordânia foi laureada pela dedicação aos Direitos Humanos» - Jornal de Notícias de 2009/03/17; 2. A propósito: «Rania da Jordânia» e «Jorge Sampaio» - Wikipedia; 3. Ainda a propósito: «Miguel Torga» - idem; 4. Em cima: composição a partir de imagens disponíveis no «google»)

Ralhetes e raspanetes da D. Brites aos seus clientes de café:

«Você também só se lembra de Santa Bárbara quando trovoa!»


(1. A propósito: «Trovejar ou trovoar?», «in» o cantinho da Fogui: 2. Não menos a propósito: «Só se lembram de Santa Bárbara quando troveja» «in» A Origem dos Provérbios)

Camarão Selvagem

Coisas destas já são hábito na Peixaria Ouriço-do-Mar, Frescos e Congelados:


Legenda: «Selvagem, eu!?»


(1. Antecentes: «Filetes Peixe-gato», neste «blog» (2009/02/28); 2. Já agora (para aguçar o apetite): «Camarões à Baiana» «in» Roteiro Gastronómico de Portugal)

Um diabo-marinho chamado Peixe-psicadélico

Alegrem-se diabos-terrestres, da Tasmânia e outros lugares! Vêm aí os diabos-marinhos (peixes tipo barraca de praia) para vos fazer frente, um tal de Peixe-psicadélico de nome científico Histiophryne psychedelica.

Já há quem lhe chame, para simplificar a coisa, o Peixe-discoteca!


Legenda: exemplar descoberto ao largo da ilha de Ambon, Indonésia (agora em aquário).


(1. «"PSYCHEDELIC" FISH PICTURE: New Species Bounces on Reef» (a imagem e o vídeo) «in» National Geographic de 2009/02/25; 2. Notícias que interessam ao diabo, neste «blog»; 3. A propósito: «Indonésia» - Wikipedia))

Filetes Peixe-gato

Passa-se na Peixaria Ouriço-do-Mar, Frescos e Congelados:


Legenda - Dúvida de gato: «Como, não como, os meus primos!?...»


(1. Seguinte: «Camarão Selvagem», neste «blog» (2009/03/05); 2. E perguntam vocês: «Peixe-gato» existe? A resposta na Wikipedia; 3. Nota: composição obtida a partir de imagens disponíveis no «google»; é o caso da peixaria (passe a publicidade) que pode ser vista em Friemo Portugal)

Chegou o tempo quente...

... e com ele os dentes-de-leão.

Mas... e os leões, onde andam!?


(Onde se fala do dente-de-leão: «Quem disse que eram mais de duas toneladas de pólen de haxixe...», neste «blog» em 2007/08/11)

Simetria sobre luz ou...

... Homem Vitruviano sobre globo de plasma:




(Composição a partir das imagens disponíveis em «Globo de plasma» e «Homem Vitruviano (desenho de Leonardo Da Vinci)» - Wikipedia)

O Pilha-galinhas

Ora aí está uma profissão quase em vias de extinção: o pilha-galinhas, também arranja-cabidelas. Pior que isto só mesmo roubar guarda-chuvas!

É o caso que vem no Jornal de Notícias de hoje: «Furto de duas galinhas vai a tribunal».

Era mais simples condenar o ladrão a pagar um arroz de cabidela no restaurante da esquina. Poupava-se dinheiro ao Estado e toda a gente saía de papo cheio!


(1. A notícia; 2. Vai um arroz de cabidela? - Roteiro Gastronómico de Portugal)

XVI Congresso Nacional do PS. Uma mistura explosiva!

XVI Congresso Nacional do PS
Dias 27 e 28 de Fevereiro e 1 de Março

Espinho

Convidados de honra:
- Hugo Chávez
- Alberto João Jardim


Legenda – O triunvirato (da esquerda para a direita): «só há um caminho!»; «há que ir sempre a direito!»; «o senhor quer fazer o favor de repetir a pergunta?...»

Promete-se Congresso explosivo.

Comida e bebidas são de graça.

Pode-se fumar!


(1. Uma notícia quase igual: «José Sócrates convidou Hugo Chávez para o Congresso do PS - No próximo fim-de-semana» - Público de 2009/02/21; 2. Alberto João Jardim neste «blog» em 2008/01/04: «Alguém lançou uma cobra-rateira ao Alberto João Jardim!?»)

E nem que a vaca tussa e venha o Carnaval pode ser que sim pode ser que não - II

«Torres Vedras: Ministério Público recua e autoriza sátira ao Magalhães no Carnaval - Câmara fez dois requerimentos». - Uma saga admirável, escrita a pensar em si, leitor, por Cristina Anjos, candidata ao Prémio Revelação Carnaval 2009 e Procuradora-Adjunta no Tribunal de Torres Vedras nas horas vagas.

A obra - Reconsiderações - tem a chancela do Público de 2009/02/20.


(1. A notícia; 2. Antecedentes: «E nem que a vaca tussa e venha o Carnaval é mesmo p'ra levar a mal - I», neste «blog» (hoje))

E nem que a vaca tussa e venha o Carnaval é mesmo p'ra levar a mal - I

«Ministério Público proíbe sátira ao Magalhães no Carnaval de Torres Vedras - Autarquia recebeu fax ao início da tarde», titula o Público de ontem. – Sabe-se agora que a censura não se deveu tanto a preconceitos de ordem moral mas mais ao facto de no autocolante que fazia as vezes do écran do portátil Magalhães e onde era visível uma pesquisa google com a palavra-chave “mulheres” constar também o Ministério Público (Procuradoria-Geral da República), mais concretamente o relatório para o mês de Fevereiro do seu Index Librorum Prohibitorum com o sugestivo link «brincar com o “Magalhães” é brincar com coisas sérias». E nem que a vaca tussa e venha o Carnaval é mesmo p'ra levar a mal.



Está tudo dito: se uns acabam a bom tempo com certas práticas, outros acham-lhes graça e reeditam-nas!


(1. A notícia; 2. Desenvolvimentos seguintes - Reconsiderações de uma Procuradora (neste «blog» e nesta data); 3. A propósito: «Index librorum prohibitorum» - Wikipedia)

Não são funções do SIS andar a cheirar o nariz ao Pinóquio

Acusado de andar a vigiar os magistrados encarregues do caso «Freeport» e de investigar eventuais fugas de informação, o SIS esclarece que se trata apenas de uns recortezitos de jornal com recurso a tesoura, um pouco de cola, uns meros sublinhados e papel manteiga como suporte, coisa de pouca monta e a baixo custo.

E acrescenta: “Não são funções do SIS andar a cheirar o nariz ao Pinóquio”.


Legenda: mais um aborrecido - e atribulado - dia de trabalho de um inspector do SIS...

Acredita-se. Até porque é gente que nem faz mal a uma mosca. Ora vejam: «Serviço de informação de máxima segurança!» (“post” de 2007/07/31, neste “blog”)


(1. A propósito: «Caso Freeport: SIS nega qualquer interferência e diz que notícias de escutas são "falsas e fantasiosas" - Reacção a notícias de hoje sobre vigilância a magistrados» - Jornal Público de 2009/02/07; 2. Nota: imagem (em cima) de suporte à composição: disponível no «google»)

O caso «Freeport» em poucas palavras. «Até aí eu era o Zezito!»

Declarações cruzadas:

Tio (Júlio Monteiro): Foi eu que recomendei o meu sobrinho a um tipo ligado ao «Freeport». Julgo que o homem terá marcado uma audiência com a secretária do meu sobrinho. Se houve “luvas” ou não, não sei… Olhe, a mim nem um rebuçado para a tosse me deram!



Sobrinho (José Sócrates): Lá está outra vez o tipo com a mania de que eu ainda sou um pivete e que preciso de dinheiro para chupa-chupas…

Tio: Como explico as minhas declarações!?... Sinceramente, gosto muito do meu sobrinho! Quero-lhe tanto como a um filho.

Sobrinho: Sempre me pareceu que este meu tio tem falta de percebes. É triste ter que aturar um familiar assim tão imbecil que ainda me vê de calções a brincar aos índios contra o 7.º de Cavalaria…

Sobrinho: Se houve uma reunião? Claro que houve, mas não foi para discutir caramelos e muito menos para brincar às casinhas, quero dizer empreendimentos. Sabe?, o meu tio é um lírico, desde que me viu no governo subiu-lhe o sobrinho à cabeça… Até aí eu era o Zezito!


(1. A versão com sal e pimenta que anda agora por aí: 1. «Freeport: Júlio Monteiro confirma que filho teve reunião após e-mail que invocava ser familiar de Sócrates» - Jornal de Notícias de 2009-01-26; 2. Mais recentes: «Descobrir identidade de Pinocchio é essencial para resolver Caso Freeport» (no que isto já vai!) – Sol de 2009/02/07 e «Semanário Sol revela e-mails no caso Freeport» (e o vídeo) - RTP de 2009/01/31; 3. Nota: imagem (em cima) de suporte à composição: disponível no «google»)

O Buraco do BPN

A coisa já está preta e ainda por cima dizem para empurrar!

(Vem a propósito: «Caso Freeport, despedimentos da Corticeira Amorim e "buraco" do BPN em destaque» «in» SIC de 2009/02/04)

Você conhece alguém chamado amor-perfeito?

Opinião registada no Programa «Pela Noite Dentro» da Rádio Clube Portuense (1987/04/19):

«Por alguma razão o amor é uma planta: o amor-perfeito. Você conhece alguém chamado amor-perfeito? Se conhece, diga-me, ou quem me está a ouvir com esse nome que telefone.»


(Já agora: o «amor-perfeito» - Wikipedia)

Extremamente poético:

«Hoje levei a minha alma a passear ao rio.»

Uma questão pertinente:

«Não sei porquê, mas ultimamente tenho verificado que à medida que bebo fico com o passo cada vez mais leve.»

Ao inquérito com o sugestivo título de...

... «Há três coisas que um homem tem de fazer na vida: casar, ter um filho e escrever um livro (há uma versão com "plantar uma árvore"?)»

um tipo respondeu assim:

«Casar: nisso estou em branco
Ter um filho: às tantas nada me disseram
Escrever um livro: o mais parecido que arranjei foi um "blog"»

e concluía assim:

«Sinto-me, portanto, profundamente infeliz.»

Um tipo escreveu assim no seu diário:

«À medida que envelheço torno-me cada vez mais sério. E quanto mais sério fico mais pesado estou. Penso que isto se deve a falta de exercício físico, pelo menos foi o que disse o médico.»

Em Janeiro...

... cada sulco seu ribeiro.

Uma das razões que levam os gatos a fugir de alguns cães…

… é precisamente por estes tresandarem a queijo.

Certo dia deram-lhe um rottweiler, ou parecença disso, e logo tratou de se esmerar nos cuidados a dar ao animal. Diga-se de passagem que era um roedor maldito de sapatos. Um dia foi de malas aviadas – posto num táxi – e ala para uma quinta, donde não se soube mais notícias dele. Garantiu-lhe uma casa, ao menos, e, assim, não lhe ficou a pesar nada na consciência.

Desse tempo elaborou um manual que rezava assim:

«1.º mês:

a) Se mãe não vacinada, vacinar já.

b) Não dar banho.

c) Escovar o pêlo com uma escova para eliminar os pêlos mortos e poeiras. Não utilizar guardanapos ou outras coisas besuntadas que lhe podem dar brilho ao pêlo mas o põem a cheirar a bife ou a batatas fritas.

d) Não deixar morder as peúgas e os sapatos do dono que cheira que tresanda dos pés (não é boa ideia que o cão aprenda a “snifar” o dono).

e) Enquanto não for vacinado não está autorizado a ir à rua cheirar as nalgas dos outros cães; só ao colo para ver os carros passar.

f) Colocar “frontlyne” no pescoço, em quantidade certa, para não o tornar apaneleirado e também para as carraças e pulgas não se ficarem a rir.

g) Biscoito limpa dente, um bocadinho ao deitar, e nada de chiclets da marca Pirata.

h) Utilizar o “tic-tac” de um relógio para o adormecer; não colocar o relógio de cuco da sala pois pode engoli-lo ao bater das horas e sufocar.

i) Ossos com pasta de dentes colgate têm flúor e substituem as rodas dos carrinhos da chavalada e as peúgas e os sapatos do dono.

j) Água, sim; leite, nunca; vinho está fora de hipóteses. Comida: granulado júnior (nunca granulado sénior); uma vez de manhã, outra à noite.

k) Não dar bolachas; o mousse de chocolate é para o dono.

l) Não castigar o cão por urinar ou fazer as suas necessidades – afinal é um bebé – mas não exagerar ao ponto de lhe pôr fraldas.

Mês e meio:

a) Se mãe vacinada, vacinar agora; é a hora da “pica” e, por isso, há que encorajá-lo: «Lindo menino! Não dói nada! Pronto, já está.». Já pode ir à rua e iniciar-se no “putedo”.

b) Continuar a não dar banho.

c) Continuar com o granulado júnior.

d) Manter as regras anteriores, etc..

1 ano:

a) Se não é cão d’água – e não é –, banho só uma vez por ano; não aproveitar a lavagem do carro para lavar o cão; cão ensebado é cão protegido e cheira menos a cão; uma das razões que levam os gatos a fugir de alguns cães é precisamente por estes tresandarem a queijo.

b) Levá-lo periodicamente ao veterinário; nunca ao cabeleireiro e barbeiro também não; cão também não precisa de camisola e peúgas pois já tem pêlo em barda (saber se há cão tipo pêssego careca?).

c) Granulado normal (ou sénior); quando velhote, granulado para a 3.ª idade; eventualmente, restos de comida mas nunca de escabeche ou que levem molho de francesinha ou de bifana; ossos de frango, nunca; trincar e roer “costelinhas” fazendo equipa com o dono, sim.

d) Ordens curtas e firmes do género: «Chega de Internet, Rott!».

e) Não deixar que a sogra desautorize o dono; se o cão escolher a sogra é pôr a sogra e o cão na rua!

f) Tratar o cão com meiguice; tal como as crianças, não há cães maus! Há, sim, cães hiperactivos ou sobredotados; dar-lhe uma boa dose de labirintos para o cansar e nada de calmantes pois pode ficar bronco.

g) ... ... ...»

E chega de manual. Arre!

Quem tem filhos, tem cadilhos; quem não os tem, cadilhos tem

«Casar com muçulmanos é meter-se num monte de sarilhos», terá dito o patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, a crer na notícia publicada anteontem no Jornal de Notícias. – Ora a frase, a verdadeira frase, simples como a água, foi esta (e não aquela): «casar com muçulmanos é meter-se num monte de pecadilhos». É uma substancial diferença, principalmente se se tiver em conta que, às vezes, o pecado mora ao lado…

A história – do pecado mora ao lado – até podia começar assim: «Depois de enviar a sua mulher e o filho de férias para o Maine, Richard Sherman, um editor literário de meia-idade, prepara-se para enfrentar sozinho o verão quente em Manhattan. Até que uma sedutora modelo (muçulmana – é aqui que entra o tal elemento polémico) se muda para o apartamento no andar de cima e se instala na imaginação de Sherman (em itálico, a transcrição a partir de «dvd.pt»). Ora, como toda a gente sabe, dos «pecadilhos» aos «cadilhos» vai um passo e quem tem filhos, tem cadilhos; quem não os tem, cadilhos tem, lembram-se?


(1. A notícia: «Conselho do patriarca surpreende muçulmanos»; 2. A propósito: «José da Cruz Policarpo» - Wikipedia e «O Pecado Mora ao Lado» «in» dvd.pt e, ainda, «Provérbios Portugueses e Brasileiros»)

Piratas da perna di pau olho de virdo e cara di mau

«Seis piratas (somalis) morreram afogados ao abandonarem navio sequestrado», titula o Jornal de Notícias de hoje. – É caso para dizer: estes tinham mesmo perna de pau!


(A notícia)

O solenodonte

«Zoologia: Mamífero que produz veneno foi filmado na República Dominicana», titula o Público de hoje. - À primeira vista dir-se-ia tratar de uma nova versão do Pinóquio (boneco de pau com aspirações a gente, para quem não saiba), atendendo ao seu proeminente nariz em forma de toco de vassoura. Mas não é. Trata-se do solenodonte, cujo nariz faz lembrar, pela mentira, alguns políticos cá da nossa praça que em artes e manhas são useiros e vezeiros.


(1. A notícia (a imagem e o vídeo); 2. Pior que o solenodonte: «Em terror não há quem bata o Super-Diabo da Tasmânia», neste «blog» (2007/05/19); Já agora: «Pinóquio» - Wikipedia)

«Aquilo não eram cães, eram lobos!»

«Relatório de Ocorrências

Exmos. Senhores,

Venho por este meio comunicar a V. Exa. que, mais uma vez(,) o recinto da Jeropiga Bota Abaixo (casa de pasto com horta e aviário) foi invadido por dois cães, que voltaram a atacar os Gansos, causando a morte a mais um. Neste momento existem somente quatro Gansos.

Gostaria de realçar que no passado estas situações eram raras ou quase inexistente(s), sendo agora mais frequentes desde que existem dois cães a viver dentro da Jeropiga Bota Abaixo, bem como o aumento de Gates(Gatos).

Sem outro assunto de momento.

O Vigilante: Fuinhas»

O dono dos cães (e dos gatos, gates como escreve o vigilante) disse:
«Aquilo não eram cães, eram lobos!»


(A propósito: «Jeropiga ou geropiga? Responde Camilo» «in» Assim Mesmo)

Em jogo rasteiro...

... não há melhor que a cobra-rateira.


(Se dúvidas houvesse sobre a existência, ou não, de uma famigerada cobra-rateira aqui fica o esclarecimento neste «blog» (2008/01/04): «Alguém lançou uma cobra-rateira ao Alberto João Jardim!?».)

Grão a grão enche a galinha o papo...

... e galinha-do-mato não gosta de capoeira.


E perguntam vocês: galinha-do-mato existe mesmo? A resposta na Wikipedia.

2009

Todos os anos é sempre a mesma lengalenga.

Às primeiras badaladas doze uvas-passas, uma por cada desejo. Alternativas: saltar para o tampo de uma cadeira, bater tachos e panelas, deitar fora coisas velhas, ir à praia e dar três mergulhos... E nisto há os optimistas e os seus arqui-inimigos, os pessimistas.

Ora isto é já velho como a sé de Braga!

Nada melhor então que dizer assim: este ano não vai ser nem pior nem melhor, vai, sim, ser «um ano muito eleitoral».


(«Um ano muito eleitoral», «in» Diário de Notícias de hoje.)

O fantasma do George W. Bush ataca!

«Obama vai ficar em hotel assombrado» (hotel Hay-Adams, para quem não saiba), isto «até se mudar para a tradicional Blair House, cinco dias antes da tomada de posse como presidente dos Estados Unidos», vem na local de hoje do Jornal de Notícias. - Más línguas dizem que por lá já anda o fantasma do George W. Bush (agora que vai para o desemprego), só para atenazar o residente. E esta, hem?!


(1. A notícia; 2. A propósito: «Barack Obama» e «George W. Bush» (não vá este levar a mal!...)» - Wikipedia)